ALDEIA DO CALVO

 

O Calvo é uma aldeia, actualmente abandonada, anexa de Santa Valha. Situa-se a aproximadamente dois quilómetros para norte da Freguesia. Está rodeada, a norte e a noroeste por uma serra, a serra Santa Cristina.

Como o próprio nome da aldeia indica, é banhada pelo rio Calvo, aldeia actualmente está toda em ruínas, onde outros tempos, e pelo numero de casas, acolheria cerca de cinco ou seis famílias e uns trinta habitantes.

A sua posição geográfica, indica-nos que o principal trabalho destas famílias, e avaliando o numero de moinhos, também em ruínas, seria a de moer os cereais.

Em 1953 houve um incêndio que consumiu  metade da aldeia, sendo provavelmente o motivo da sua desertificação.

Na entrada da aldeia existia uma capela, que ainda hoje se encontram vestígios, e já em ruínas, a sua Santa que deu nome à Serra, a Santa Cristina, foi profanada, tendo só restado, um Santo na capela, o Santo António, que uma dada altura um cavaleiro que por ali passava o viu lá sozinho, pegou nele e levou-o, para uma aldeia próxima, Pardelinha. Encontra-se ao lado do Padroeiro no Altar-mor.

Paraíso apreciável de um belo passeio, são as fragas lisas; Seguindo o caminho principal e a uns 150 metros acima, encontramos um moinho em ruínas, e um dos meus locais favoritos. Descemos então pela encosta até ao leito do rio, ai podemos apreciar do silêncio, das montanhas, das enormes rochas lisas por onde o rio passa tranquilo, e os desgastes da rocha indicam milhares de anos de cumplicidade.

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Dos contra-fortes da Montanha

 

      Encravada no sopé dos morros, que delimitam a fronteira do isolamento, o Calvo tem o mesmo nome do ribeiro que rega os campos onde abundam hoje pastos semi-abandonados.

      Outrora terra de moleiros que ao longo do curso da água iam construindo as suas azenhas e moendo dia e noite as dificuldades da vida.

      O Calvo nunca foi uma aldeia muito próspera mas era e continua a ser um aprazível e muito soalheiro local.

      Hoje da pacata e calma aldeia ou quintarola pouco mais resta que grandes amontoados de pedra que já serviram de abrigo, de alegria e de orgulho a quem os construiu: hoje apenas os coelhos e alguns répteis povoam a zona, escondendo-se ao menor ruído.

      O Calvo é um mitigo povoado que vai desaparecendo com o passar dos tempos até se apagar por completo das nossas memórias.

      Recorde-se que o calvo serviu para efectuar a Romanização dos povos castrejos que se encontravam guarnecidos no cimo de alguns morros, servindo o rio como estrada de orientação, pois só assim e neste contexto se compreendem a constituição de aldeamentos como Calvo, Cachão, Agordela, sendo esta última uma colónia administrativa ou ponto de troca de produtos entre Romanos e as populações castrejas.

      O Calvo encontra-se também a delimitar uma zona natural que o homem ao longo dos tempos respeitou sem se aperceber, a sul desta pequena aldeia a terra quente, a norte a terra fria, existindo aí (Calvo) um micro-clima bastante especial.

      A terra quente povoada mais intensamente a partir da Romanização com a introdução da cultura da vinha e da oliveira, as principais fontes de riqueza da região.

      A terra fria povoada desde os remotos aqui se encontram grande parte dos castros, pois nesta região, a estação seca não é tão intensa e encontravam com mais abundância pastagens para a agro-pecuária (pastorícia) dos povos primitivos.

      A terra quente possui desde a romanização produtos mais facilmente comerciais, daí a existência de moeda e de um enriquecimento mais fácil por parte dos proprietários rurais que se traduz nas casas solarengas que se encontram na parte sul ou terra quente.

      Com a introdução da batata e da criação de gado, nomeadamente o leiteiro e a exploração de alguns minerais e a comercialização mais intensa da castanha, a terra fria e as suas humildes aldeias começaram a ter melhores condições de vida.

      Dos contra Fortes da Montanha aparecerá sempre a despertar e a enriquecer a monografia que é de todos nós; não para que os nossos filhos tenham orgulho da sua terra, mas para que os nossos filhos não tenham que fugir dela; para que continuem também eles a pisar os nossos caminhos, a labutar para que os seus filhos continuem também eles aqui.

      Será que os filhos do Calvo ou do Cachão já não se orgulham a ter nascido lá?.

      Não vos peço para visitar o Calvo ou o Cachão, porque abrir a boca e dizer que interessante, que beleza natural é o que ultimamente se tem feito e como tal, é preferível não conhecer; que participar no pecado de nada fazer.

Artigo de Henrique Rodrigues – ( Jornal “ Negócios de Valpaços “ Abril/1995 )

 

ANEXA DO CALVO: Coisas e gentes da história deste antigo povoado.

 

O último residente…(ou resistente).…,

O último habitante a residir no Calvo, foi o Senhor Mário António (Teixeira), ”também conhecido carinhosa e respeitosamente por Mário “Cego”, em virtude de muito novo, “16 anos,” ter perdido as duas vistas, numa queda, para cima de um carro de bois, onde bateu com a vista num dos estadulhos. Residiu aqui até ao início da década de 80 do século XX, um pouco antes de falecer.

Era solteiro e vivia sozinho, mas ao domingo, vinha quase sempre a Santa Valha à missa e visitar familiares e amigos, como a família de Gualdino Nogueira (do Br. do Sobreiró), seu primo ; Fernando de Castro do (Br. dos Ciprestes) e a família de Laudemira da Cunha (Cagigal), entre outros.  Não obstante a idade já ser bastante avançada, por teimosia própria, continuava a resistir a viver isolado, dentro do telhado e paredes que o viram nascer.

Apesar de ser completamente cego e viver sozinho, fazia por mão própria, todas as tarefas pessoais e domésticas incluindo a lavagem da roupa, o fumeiro, ir à fonte “de mergulho” buscar água, e ainda, pequenos serviços agrícolas, como a poda da vinha etc. Contou-me um familiar que, quando se deslocava a Santa Valha, Vilarandelo ou Agordela, deixava a chave da porta da entrada de casa em três buracos diferentes da parede, conforme o local da deslocação, para quando alguns familiares o fossem visitar, e não estivesse, pelo buraco onde se encontrava a chave, sabiam onde ele estava.

Também era do conhecimento geral, que em dias de maior invernia e quando as águas do ribeiro cresciam, não podendo atravessar o ribeiro pelas pedras (poldras/alpondra) para a outra margem, fazia-o, de pé, por cima do tronco de uma árvore caída, servindo de ponte; Situação presenciada por muita gente que o conhecia.

Era um homem muito bondoso, como hoje já é difícil de encontrar, referiu  Adriano da Mata, acrescentado: - lembro-me de muito jovem ter ido com o meu primo Amadeu Moreiras, -Pedreiro, como era conhecido -, algumas vezes ao Calvo, comprar uns cordeiros e ser a casa dele que ia-mos parar. A comida era feita por ele e pelo Amadeu e, ainda me recordo também, dele descer umas escadas que ligavam à adega e trazer vinho para o almoço. Acrescentou ainda, que era um homem muito honesto e toda a gente lhe levantava o chapéu…. Também  Artur Feijão e outros(as), que o conheceram pessoalmente, nos falaram de várias peripécias passadas , de um homem de bom coração, tendo a casa sempre aberta a todas as visitas.  Benvinda da Cunha Cagigal, para além de me contar, que o senhor Mário perdeu a vista muito jovem, primeiro uma e um pouco tais tarde a outra, numa queda ao bater num carro de bois; era muito amigo da sua família, visitava muitas vezes  a casa de seus pais, onde também por vezes almoçava, quando vinha à missa. Relatou-me também algumas memórias compartilhadas com esse bom e confidente amigo. Cândida C. Nogueira Rocha Santos, que recebeu de herança, “penso de sua mãe” parte de uma matriz “dessas casas,  ou moinho”, também nos descreveu algumas lembranças e nos ajudou a esclarecer algumas dúvidas.

O Dr. Agostinho Nogueira, (primo), disse-me, que antes de falecer, “meados da década de 1980”, se aborreceu com o seu pai (primo), Gualdino Nogueira, (ex-regedor da freguesia), por este ter interferido junto da Santa Casa da Misericórdia de Valpaços, para o levar para essa instituição de acolhimento, (o) que chegou a acontecer. Por convicção, teimou em morar no Calvo quase até à sua morte, (23 de Março de 1984), com 80 anos de idade. Referiu ainda, ser uma pessoa com os sentidos muito apurados, em particular o da orientação, bom conversador e postura na vida irrepreensível.

Está mencionado na Certidão-Assento de Óbito, (só possuir) o nome de Mário António, ser filho de António José Teixeira e Zeferina da Assunção, ter nascido na Freguesia de Santa valha no ano de 1904 e falecido em Valpaços no dia 23 de Março de 1984.

Nos contactos pessoais que efectuei para este artigo de memórias e recordações, todos me disseram, sem excepção, ter sido um homem com uma integridade fora do comum, assim como excelente pessoa em todos os aspectos…, - daqueles que já é difícil encontrar - e, é neste sentido, pela sua maneira de ser da sua pessoa, e ainda, como amou até à morte o local onde nasceu e viveu, que o recordo e lhe presto aqui esta singela homenagem “póstuma”.

Nos Documentos:  Aldeias do Concelho de Valpaços nos meados do século XVIII por freguesias - “Memórias Paroquiais de 1758”, diz no manuscrito do Padre/Abade da nossa paróquia de então, Domingos Gonçalves, que a anexa do Calvo possuía uma Capela de Santo António, três vizinhos (moradias) e dezassete pessoas. No livro segundo (Corografia) do Padre António Carvalho da Costa sobre documentos de “1706 a 1712” do concelho de Valpaços: Aldeias que foram cabeças de Abadias do Padroado Real  no Termo da Vila de Monforte do Rio Livre, e outras que lhe pertenciam “ Abbadia de Santavalha, não consta qualquer referência à anexa/povoado do Calvo, a não ser que a “quinta do Calvo” pertence à freguesia de Santa Valha.  (Ver Site - Link-Freguesia).

No povoado ou aldeia do Calvo, chegou a residir nas décadas de 40 e 50 do século XX uma comunidade com sete ou oito famílias, ou seja: cinco ou seis, oriundas de Santa Valha, uma de Vilarandelo e outra (pensamos) de Agordela.

Neste pequeno aglomerado de casas, hoje em ruínas, que chegou a ter Capela para o culto, com o Santo António como Padroeiro e cemitério de áreas muito reduzidas contíguo esta, para enterrar os seus mortos, que dizem terem-no feito até por volta de finais do século XIX ou início de XX, não era só terra de azenhas e moleiros, pois habitavam famílias com alguma abundância agrícola e pastorícia, tendo em conta que as propriedades agrícolas chegavam à estrada e até a jusante da ponte do Calvo.

Para destacar essas actividades económicas, pode-se ainda observar, grandes currais e/ou estábulos existentes para o gado bovino e ovino ou caprino, (ou outro), bem como vários lagares para fazer o vinho, eira para malhar o centeio, e ainda, o forno comunitário, que se localiza logo à entrada do povoado. Também muito perto, uma mina de exploração de volfrâmio do tempo da primeira ou segunda guerras Mundiais. Consta-se que esta quinta, pertenceu no Século XVII ou XVIII a família de Morgados, e que foi destruída e/ou incendiada, no tempo da Invasões Francesas, ou por outro qualquer motivo, no regime Monárquico. Também se consta que este casario e respectiva quinta agrícola também pertenceu outrora e na totalidade a um padre que tinha duas irmãs e que recebeu de herança a parte delas.

Dizem muitas pessoas de Santa Valha, que a bonita imagem do Santo padroeiro desta antiga pequena localidade, hoje em ruínas totais, Santo António, se encontra desde os primeiros anos do século XX na localidade próxima, Pardelinha, também anexa a Santa Valha, mais propriamente na Capela de Santo Antão. Há uma versão contada em Pardelinha a justificar a ida para lá, que é a seguinte: ter sido um viajante a cavalo (cavaleiro) que passou pelas casas já desabitadas do Calvo, que viu a imagem do Santo sozinho na pequena capela e o levou consigo, deixando-o em Pardelinha à primeira pessoa que encontrou e, que essa tal pessoa o colocou na Capela junto ao Santo Antão. Mas há também uma ou outra pessoa de Santa Valha desse tempo que defende haver outra versão bem diferente e que é a seguinte: que a imagem do Santo foi roubada da Capela do Calvo e levada para Pardelinha por alguém dessa localidade.

Há também quem diga, mas não existem certezas, que a Santa padroeira primitiva, teria sido a Santa Cristina, nome que deu à serra contígua a poente, e que foi profanada, tendo só restado um Santo na capela, o Santo António, Santo este, o verdadeiro padroeiro para as últimas gerações residentes, como nos contou quem lá chegou a viver, pois não conheceram outro. Se porventura foi inicialmente a Santa Cristina a padroeira, então tudo leva a querer que a profanação se tivesse dado no tempo das tais invasões francesas do século XVII ou XVIII, quando os invasores incendiaram e destruíram este antigo casario, que dizem ter sido uma antiga quinta propriedade de Morgados no tempo do regime monárquico ou já de um padre, e que mais tarde, os novos proprietários vieram a comprar em parcelas e a restaurar na totalidade a parte urbana. A enorme parte rústica desse casario ou quinta, chegava antigamente até cerca quinhentos metros a jusante da ponte nova do Calvo.

Contou-me António dos Santos, também conhecido em Santa Valha, pelo “Cem”, (por ter uma estatura superior à maioria), que viveu com os pais (Alberto “Moleiro” e irmãos no Calvo, até final da década de 1950, o seguinte: - eu pertencia a uma família pobre de moleiros e por isso, como outras, viviam no próprio moinho. Nessa época, funcionavam (moíam) quatro moinhos no Calvo e, independentemente de haver algumas famílias mais abastadas, porque possuíam as melhores habitações, gado e propriedades agrícolas, era uma pobreza, não só no aspecto alimentar de alguns, mas também  na maneira como se vivia, não falando  é claro, no aspecto cultural. Havia falta de cultura e as excepções eram poucas. Não era por acaso que até a uma família lhe chamavam de alcunha “Os Caboucos do Calvo”, mas o isolamento contribuía para isso. Acrescentou ainda, que, na altura em que permaneceu no Calvo, habitavam cerca de uma dúzia de famílias,  incluindo as que viviam nos moinhos, que correspondia a setenta pessoas, ou mais, más já depois de ter saído de lá, - início da década de 1960 -, lhe contaram que passados poucos anos, só existiam cinco, ou seis moradores, incluindo o Senhor Mário “Cego”, um bom homem, amigo de toda a gente, que todos respeitavam.

No início da década de 1950, houve um incêndio de grandes proporções, onde veio a falecer uma criança do sexo feminino, que a essa hora, estava a dormir numa casa junto a um cabanal com palha. Era irmã de Artur “Moleiro”.

As poucas pessoas ainda vivas,” que se contam pelos dedos de uma mão” e que lá habitaram na sua (tenra) juventude, hoje já na fase da terceira idade, dizem sentir ainda alguns momentos de nostalgia desse passado, mas somente no tocante ao convívio com os familiares  e vizinhos já falecidos. Já do restante, o não sentem, mas jamais esquecerão esse passado.

 

 No levantamento do espaço urbano efectuado junto da Repartição de Finanças de Valpaços, verifica-se a existência de oito artigos matriciais da freguesia de Santa Valha (Calvo), que assim referimos:

Artigos :  Nr. 206 – Proprietário: Marcelo Assunção Alberto; nr. 207: José Manuel Cunha; nr. 208-João Francisco Rodrigues; nr. 209: Francisco Luís Alberto (também conhecido pelo Sr. Francisco Ferruge(m)), José Joaquim Lopes e Josefa Carlota Lopes; Nr.210: Zeferina da Assunção, Aurora do Nascimento Teixeira e Maria Antónia Teixeira; nr.211: Ana Maria Teixeira; nr.212: José Rodrigues Nogueira; nr.213: Carlos Ribeiro, (penso tratar-se de um moinho). Nas confrontações dos imóveis, há registo de dois nomes: João António Fernandes e Zeferino Assunção Alberto, que não constam como proprietários. Um morador, que ainda está entre nós, disse-me, que deve ter havido lapso dos louvados no registo matricial das propriedades  de 1951, em virtude de João António Fernandes, nunca ter possuído quaisquer bens, mas sim João Francisco Fernandes, conhecido também por  João “Morte”.

Alguns proprietários dos artigos matriciais registados na Repartição de Finanças, podem já não ser pessoas quem nós conhecemos, mas sim, pais, avós, ou parentes mais afastados, de quem ouvimos falar. Também poderá acontecer, que alguns destes imóveis, tenham sido vendidos ou transferidos para outras pessoas, e que não tenham, até à presente data, procedido ao registo de transferência dos artigos matriciais na Repartição de Finanças e Conservatória Predial.

Apelidos e “Alcunhas” de Famílias, que residiram no Calvo:

Os Marcelos; Os Albertos; Os Lopes; Os Fernandes; Os Nogueiras; Os Teixeiras; Os Rafaeis;  Os Marelos;  Os Sóqueiros;  Os Mortes; Os Ferrugens, Os Caboucos e  Os Alberto “Moleiro”, que habitavam na residência do moinho de Carlos Ribeiro, e ainda Vasco Proença familiar dos Videiras que veio a comprar alguns bens, mas que nunca lá residiu e que vendeu posteriormente esses bens, conforme me contaram. Também Jaime Nogueira (penso ser familiar dos “Marelos”, marido de Palmira Costa “Moleira” lá habitou, vindo posteriormente a comprar o moinho a jusante, junto à ponte do rio calvo.

Durante todo o tempo da Guerra do Ultramar - ex-Colónias Africanas – de 1961 a 1975, só houve um soldado de toda a nossa freguesia que morreu em combate nessa guerra, mais propriamente em Angola, este soldado foi  o primeiro sargento António Alberto Teixeira. Nasceu no “Calvo” em 15-10-1928 e tombou em combate em 30-06-1972. Encontra-se sepultado em Luanda no cemitério de Santana (Catete). - Mais detalhes sobre este assunto no espaço ou sub - link destas memórias “ Outros” -.

Ouve também um soldado que participou na primeira guerra mundial de 1915-1919, mais propriamente em batalhas de terras de França, este soldado casou e residiu no Calvo e chamou-se Francisco Luís Alberto, Francisco Ferruge(m) como respeitosamente o conheciam; era natural de Fiães. Foi colega nessas batalhas da grande guerra do nosso conterrâneo de Santa Valha, Antero Augusto Cagigal, do bairro do Sobreiró. Mais tarde esse senhor Francisco Luís Alberto foi residir para Santa Valha, bairro do Sobreiró.

Encravado no sopé entre morros, e banhado pelo ribeiro que lhe dá o mesmo nome, o Calvo, pertence à freguesia de Santa Valha e os Santavalhenses, têm orgulho no seu passado. A história e a cultura de um povo, são tão ricas, quanto maior for esse passado; Esse passado,  e os costumes dessas gentes, “de luta incessante de sol a sol, inúmeros sacrifícios e dificuldades da vida dessa época”, merece ser recordado, apesar de restar cada vez menos pessoas, para  o contar.

Obs:- A maior parte destes dados foram colhidos junto de familiares/parentes, alguns já bastante afastados e de outras pessoas mais idosas de Santa Valha.

 

 

 

             “ Sr. Mário António (Teixeira) “Cego do Calvo” (de capote)“ O último Residente”         

    (Foto - década de 1950 no Br. do Sobreiró em St.Valha )