História da Freguesia de Santa Valha
A Freguesia de Santa Valha situa-se a cerca de 10 Km da sua sede concelhia, Valpaços, no distrito de Vila Real. Ocupa uma área de aproximadamente vinte e sete quilómetros quadrados. Tem por limites as freguesias de Sonim, Barreiros, Fornos do Pinhal, Vilarandelo, Tinhela e Fiães, e ainda, a nascente, o Rio Rabaçal, que também limita o concelho.
Festas e Romarias principais:
Santa Valha: São Caetano, padroeiro da festa, no segundo domingo de Agosto.
Pardelinha: Santo Antão, padroeiro da aldeia, a 17 de Janeiro (desde final da década de 1990, quando coincide num dia da semana de trabalho, passaram a festejar no domingo imediatamente a seguir).
Gorgoço: São Bartolomeu, padroeiro da aldeia, a 24 de Agosto. Também costumam festejar a Santa Bárbara a 4 de Dezembro.
Existem anualmente outras festas de carácter religioso organizadas pela Igreja, bem assim como outras populares, organizadas pelo Rancho Folclórico e Grupo de Cantares, como a festa dos seus aniversários, e outras de Santos populares.
Santa Valha tem como sua Padroeira (Orago), Santa Eulália “de Mérida”.
Origem dos textos:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Eulália de Mérida (finais do século III - inícios do século IV) é uma santa cristã, virgem e mártir, festejada a 10 de Dezembro. É com frequência confundida com Santa Eulália de Barcelona, cuja hagiografia é semelhante.
Foi martirizada aos doze anos por Daciano, que seguia as ordens dos imperadores Diocleciano e Maximiano. Sepultada em Mérida, capital da Lusitânia, parece que algumas das suas relíquias terão ido para Barcelona, donde a confusão com a santa homónima.
É cantada na célebre cantilena de Santa Eulália (ou sequência de Santa Eulália), o primeiro texto poético em língua francesa, de fins do século IX.
Santa Eulália, filha de pais ilustres da Espanha, nasceu pelos fins do século dois. Já na meninice deu sinais inequívocos de alma privilegiada. Inimiga da vaidade e dos divertimentos geralmente queridos pela mocidade feminina, Eulália procurou unicamente agradar ao Esposo Divino e adornar a alma de virtudes cristãs.
Tendo apenas doze anos de idade deu provas de coragem admirável, na defesa da honra do divino Esposo. Quando, em 304, o imperador Maximiano encetou perseguição crudelíssima contra os cristãos, Eulália sentiu o coração tomado de ardente desejo de oferecer a Jesus o sacrifício da sua vida. Para não expor a filha ao perigo que a ameaçava, os pais procuraram moderar o entusiasmo da mesma e esconderam-na numa casa longe da cidade. Inútil foi a preocupação. O amor de Deus e o desejo do martírio eram tão fortes na alma da donzela, que esta, iludindo a vigilância dos parentes e aproveitando-se do silêncio e das trevas da noite, fez a viagem de algumas horas, para chegar à cidade. Sem demora se dirigiu ao palácio do juiz e, estando na presença do executor das ordens imperiais, invectivou-o energicamente por causa da idolatria. O Pretor, pasmo de ver tamanha coragem em uma jovem de tão pouca idade, entregou-a aos soldados para que a castigassem. Prevalecendo-lhe, porém, por um momento os sentimentos humanos na alma, já acostumados às crueldades da carnificina, procurou ganhar a simpatia de Eulália e ganhá-la para a religião oficial. Eulália, porém, em vez de responder à voz blandiciosa do sedutor, atirou para longe o turíbulo, com que devia incensar as imagens das divindades.
Foi o bastante para ser entregue à tortura. Com ferros em brasa os algozes queimaram o corpo da donzela. Esta, cheia de alegria e gratidão para com Deus, exclamou em alta voz: “Agora, meu Jesus, vejo em meu corpo os traços da Vossa Sagrada Paixão”. Tendo aplicado ainda outros tormentos, os algozes recorreram finalmente ao fogo e no meio das chamas Eulália entregou o espírito a Deus. O historiador Prudêncio, a quem devemos a narração do martírio de Santa Eulália, diz que o próprio algoz viu a alma da mártir, em forma de pomba, subir ao céu.
Eulália morreu em 304 e seu corpo repousa na Igreja de Mérida, onde sofreu o martírio.
São Gregório de Tours conta que no adro daquela Igreja existiam três árvores, que no dia da festa de Santa Eulália, se cobriam de flores aromáticas, as quais, aplicadas a doentes, deram-lhes cura das moléstias.
Reflexões:
Sumamente admirável é o heroísmo desta santa jovem Mártir, cujo único desejo era morrer pelo divino Esposo. Ninguém exige de ti o sacrifício que Santa Eulália procurou e teve a felicidade de oferecer a Deus. Mas Deus quer, que aceites de boa vontade os sofrimentos e contrariedades que te mandar. Ofendem a Deus aqueles que em dias de tribulação procuram alívio e consolo em práticas supersticiosas. Quem faz isto, mostra que tem mais amor ao bem-estar do que a Deus. Preferem a saúde ao cumprimento da santa vontade de Deus. Recorrer a práticas supersticiosas é pedir remédio a Satanás contra as determinações divinas. Se em dias de doença abandonares a Deus, invocando a intervenção diabólica, que esperança podes ainda ter de alcançar o perdão dos pecados ? (S. Crisóstomo) Aceita resignado e humildemente a cruz que Deus te impuser. Pode ser glorificado com Cristo quem não o quiser acompanhar no caminho da dor ?
Santa Eulália declarou publicamente que era cristã, julgando-se feliz, vendo-se tratada como Cristo, seu Senhor. Quem é cristão, deve trazer na alma a imagem de Cristo, imitador das virtudes, particularmente da obediência e mansidão. Estás lembrando deste teu dever ? A imitação de Cristo está na imitação das virtudes, da sua santidade. “Impropriamente seremos chamados cristãos, se não formos imitadores de Cristo”. (São Leão).
(Dados colhidos pelo Site)
Santa Eulália de Mérida no altar-mor.
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Desde sempre se ouviram na aldeia várias versões sobre a origem da imagem de Santa Eulália, padroeira de Santa Valha, que está no Altar-mor da igreja matriz e que são as seguintes:
*Poderá ter sido trazida por pregadores do Evangelho de Cristo, antes da construção da actual igreja matriz.
*Adquirida no tempo de Nuno Alvares, natural de Vila de Azambuja, Abade do Padroado Real da Abadia de Santa Valha, que mandou edificar a igreja à sua custa no ano de 1657, vindo a adoptar a Santa Eulália nessa data, como padroeira de Santa Valha.
*Adquirida no tempo de Martim Velho Barreto, Abade de Santa Valha, no início da década de 1690, que reedificou de novo a capela de S. Miguel, com esmolas de São Caetano no ano de 1697, vindo a adoptar a Santa Eulália como Padroeira de Santa Valha, colocando a sua imagem no altar-mor da igreja matriz, versão que consideramos pouco provável. *Terá vindo “já como padroeira” de uma outra igreja que existiu antes da actual, a primeira igreja de Santa Valha de arquitectura pobre, localizada a sul da aldeia, nos conhecidos montes de Santa Olaia ou Eulália e do contíguo Crasto/Castro, cujos vestígios únicos existentes são o de um antigo cemitério público cristão onde se encontra também uma cruz ou cruzeiro. Dada a antiguidade da imagem desta Santa e da história longínqua da nossa aldeia, particularmente o seu nome, “ Santaala, Santa Ovaia, Santa Olaia, Santa Eulália e, por último Santa Valha”, é esta, a consideramos mais credível de todas.
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História da Freguesia
No sec. XIX Santa
Valha pertencia a Monforte de Rio Livre, tinha dezanove Paroquias, que
pertenciam a duas
dioceses, Braga – Bragança.
São elas – 8 do concelho de Valpaços
1- Santa Valha
2- Fornos do Pinhal
3- Barreiros
4- Sonim
5- Bouçoais
6- Lebução
7- Fiães
8- Alvarelhos
E 11 do Concelho de Chaves
1-Tronco
2-Tinhela – Alvarelhos
3-Aguas Frias
4-Bobadela de Monforte
5-Cimo de Vila da Castanheira
6-Sanfins da Castanheira
7-Mairos
8-Travancas
9-Paradela de Monforte
10-Roriz
11-São Vicente da Raia
A Região de Monforte de Rio Livre dados Históricos, suas unidades geográficas, História Cultural e Religiosa.
D. Manuel Vieira de Matos, pela Bula da erecção da Diocese de Vila Real no dia 20-07-1922 dá comprimento à criação efectiva da nova e intitula-se nessa Bula, administrador apostólico da Diocese de Vila Real.
A partir dessa data 20-07-1922, o chamado arciprestado de Monforte de Rio Livre é desmembrado da Diocese de Bragança – Miranda.
Não era uma criança acabada de nascer. Era, e é, um bloco de Paroquias, em velho, maduro e fecundo roseiral de Primavera.
Ao terminar a sua Bula recomenda o grande arcebispo de Braga aos fieis, assim eclesiásticos como seculares, que anteriormente faziam parte do rebanho espiritual das Dioceses de Bragança e Lamego e que ora passam a nova Diocese, exorta vivamente no Senhor a que prestem a devida obediência ao Ordinário a cuja pastoreação ficam doravante confiados e venerem por única, legitima e canónica a sua autoridade.
Acrescentava D. Manuel – Primaz de Braga como anuncio Profético: - “ tenho esperança que esta nova Diocese seja, se não a melhor, uma das melhores dioceses de Portugal”.
Quero desde já prestar homenagem a todo esse brioso clero que moirejou por esse planalto de Monforte cujo expoente máximo foi o vosso grande sábio/culto, e zeloso Abade de Baçal, pároco de Mairos nos primeiros 7 anos da sua vida sacerdotal. (de 1889 a 1896)
Estamos num congresso de história e será bom recordar alguns dados históricos sobre esta região de Monforte, outrora pertencente a administração da casa de Bragança.
Fica limitada pela margem direita do rio Rabaçal, afluente do Tuela e do Tua a nascente, e a poente pela cumeada da Serra do Brunheiro, no cimo da qual se levanta já carcomida pelos séculos uma velha fortaleza medieval, que é o Castelo de Monforte de Rio Livre.
Livre de apelido, porque livre das águas do Tâmega e das águas do Rabaçal, e livre ainda, porque sempre independente de soberanias estrangeiras.
Consta que já no sec. XI aí existia a CIVITAS, depois acastelada e fortificada, que tinha o nome de BATOCAS ou TROIA e aparece nomeadamente nos primeiros documentos do reino como CIDADELA. A função deste castro seria como de atalaia, ou ponto de vigia frente ao Castelo de Monterrey, este já em Verin – Espanha e do Castelo de Chaves e lá ao longe o de Montalegre, Vinhais e Bragança.
Consta que D. Dinis transformou esta fortificação em Castelo, pelos meados do sec. XIV, sensivelmente contemporânea da torre do castelo de Chaves. Existe já uma referência do sec. XIII, em que figura como seu “tenente” o Magnate da casa de SOUSA, D. Gonçalo Mendes, grande valido Afonsino. Mas a administração normal e mais duradoura foi a da casa de Bragança. O título de Vila foi dado a Monforte por D. Afonso III, que também lhe concedeu o primeiro foral, dotado de 4 de Setembro de 1273, reservando o Rei para si o padroado, não dispensando os moradores do serviço militar. O rico-homem quando quisesse ir à Vila comer tinha de pagar do seu bolso. Que bela lição deste Rei para os nossos reizetes que vão comendo o povo e à custa do povo...
O meirinho da coroa não podia entrar na Vila e seu termo, quer dizer, que o funcionário judicial não podia ali administrar justiça ou injustiça. Aqueles moradores eram como afilhados do Rei.
Tinham feira dois dias por mês e era feira franca, isto é, podiam entrar bens ou pessoas fora da comarca.
Ficavam também os moradores isentos de pagar portagem em todo o país... claro que naquela altura não existia a brisa...
Mais tarde D. Manuel concedeu-lhe novo foral datado de Santarém em 1 de Junho de 1612; no regime liberal, por falta de moradores, este concelho foi extinto, sendo transferido para Lebução.
Das antigas muralhas já pouco resta, pois muita pedra foi roubada para construção de casas nas aldeias vizinhas, subsistindo apenas pequenos troços, num dos quais ainda se podem ver as portas da Vila.
A torre de menagem é a peça melhor conservada, e nela havia uma cisterna. Com pequenas alterações a torre do Castelo de Monforte é a copia da torre do castelo de Chaves, pelo que marcam não só uma época como também o seu autor. Tem uma panorâmica empolgante sobre o vale de Chaves, as terras de Verin e as serras de Larouco.
A “terra” ou região de Monforte compreendia, as Freguesias de São Vicente, Roriz, Travancas, Mairos, Paradela, São Fins, Castanheira, Aguas Frias, Bobadela, Tronco, Oucidres, Lebução, Bouçoais, Fiães, Tinhela, Alvarelhos, Sonim, Barreiros, Santa Valha e Fornos do Pinhal.
Tronco, neste tempo, não era paroquia, é de criação mais recente.
Aspecto Cultural e Religioso
Para alem da mesma língua, religião, costumes e tradições, monumentos e vias de comunicação, um povo faz a sua própria história. Até no vestir, no comer, no cantar, na dança, na celebração do nascimento e no sepultar dos seus mortos, na construção da casa, na fonte comum, no forno de cozer o pão e nas pedras da calçada. Tudo são expressões da história e de cultura de um povo, mesmo duma região, como a de Monforte marcada por séculos de história comum e independente, como as suas fortalezas, comercio, feiras, festas, e verdade da Fé. Tudo isto unifica um povo e o torna solitário da mesma sedimentação familiar e identificação comunitária.
Será que por estes sinais nos possamos vislumbrar toda esta riqueza?
Marcas da História que ainda perduram
A BIBLIA dos pobres, alguém lhe chamou à escultura, às pinturas, aos altares das nossas igrejas. Na verdade, o povo que não sabia ler, sabia olhar, e mais, sabia contemplar.
Quanto ao estilo dos altares em talha dourada de estilo renascença, marcam pela beleza, equilíbrio à fé deste povo.
Na abadia de Santa Valha distribuam-se bens aos pobres. Recorda-o a inscrição latina duma pedra de padieira de porta que diz: - PAUPERES SEMPRE HABETE BOVISCUM – nesta igreja são de registar os retábulos pintados de ouro recamado e almofadado.
A actual residência paroquial de Santa Valha foi originalmente uma albergaria de peregrinos, como o diz uma inscrição colocada no muro exterior:
PAVPERES SEMPER HABETE VOBISCVM / MARTIM VELHO BARRETTO ABBADE NESTE / LVGAR DEDICA A DEVS ESTA CAZA P(a) POBRES / PEREGRINOS ANNO DE 1692”.
Traduzindo: SEMPRE TEREIS POBRES CONVOSCO = MARTIM VELHO BARRETO ABADE NESTE LUGAR ( DE SANTA VALHA) DEDICA A DEUS ESTA CASA , PARA POBRES PEREGRINOS. ANO DE 1692.
Santa Valha localizava-se na rota do caminho de Santiago da época Românica.
Esta iniciava-se em Mirandela podia seguir-se, por Rio Torto, Valverde, Possacos, para Fornos do Pinhal, Santa Valha, Fiães, Nozelos e Tronco (freguesia de Santiago), Paradela, Mairos (capela de Santiago) e Feces ou Arzádigos (já em Espanha).
Quase todas as igrejas de Monforte têm a frontaria da sineira Portuguesa, dois sinos e uma cruz.
Em todas elas existe um altar dedicado à imagem de Jesus Cristo no mistério da sua paixão, e destacando uma, em todas as igrejas de Monforte de Rio Livre, um altar magnifico em Santa Valha, com figuras do Senhor na flagelação e não coroação de espinhos. Imagens medievais que marcam a piedade do povo Português e desta zona de Monforte de Rio Livre.
(Divulgação do Património Histórico Cultural)
DOCUMENTÁRIO: Concelho de Valpaços – aldeias que foram cabeças de Abadias do Padroado Real no termo da Vila de Monforte do Rio Livre, e outras que lhes pertenciam
“COROGRAFIA e desrcipçam topográfica do famoso reyno de Portugal…” do Padre António Carvalho da costa.
(1706 – 1712)
LIVRO SEGUNDO – Da Comarca da Provincia de Trás os Montes
TOMO PRIMEIRO
CAP. III – Da Villa de Monforte do Rio Livre [pp. 432 - 433]
[conforme o original]
Abbadia de Santavalha, &lugares, que neste termo lhe pertencem.
Santa Valha he cabeça da Abbadia do Padroado Real, que rende setecentos mil reis: tem este lugar, & a quinta de Calvo da sua Freguesia cento & trinta visinhos, & demais da Igreja Matriz tem huma Ermida, & vinte fontes.
Fornos tem noventa visinhos, Igreja Paroquial da apresentação do Abbade de Santavalha, mais huma Ermida, & oito fontes.
Paradelinha tem 16. Visinhos, nenhuma Ermida, & seis fontes.
Bouça tem cincoenta visinhos, Igreja Parochial da mesma apresentação, nenhuma Ermida, & huma fonte.
Gregozos tem treze visinhos, huma Ermida, & quatro fontes.
DOCUMENTOS: Aldeias do concelho de Valpaços nos meados do século XVIII por freguesias – SANTA VALHA
Nota prévia: Poder-se-á concluir, pelo conhecimento da realidade actual face ao teor do documento que a seguir transcrevo, que houve uma natural transformação da estrutura humana e material da povoação de Santa Valha entre 1758 e a actualidade. Convém todavia observar que as transformações que se inferem das informações do pároco memorialista, o Abade Domingos Gonçalves, autor do manuscrito, não deverão em todos os aspectos merecer a mesma credibilidade, uma vez que em alguns desses aspectos se denota uma certa falta de rigor informativo do mesmo prelado, designadamente na identificação dos bairros existentes na sua época e que hoje mantêm, grosso modo, os nomes, bem como na localização das várias fontes de água a que o mesmo prelado alude, a maioria das quais preserva também os mesmos nomes de há 250 anos. Em certos casos parece ter havido uma evidente desorientação por parte do Abade que não foi capaz de evitar alguns lapsos que me parecem evidentes, problemas estes relativamente aos quais entendi ser meu dever advertir os leitores mas sem deixar de salientar também que tais problemas não diminuem substancialmente o valor deste curiosíssimo documento historiográfico. Alguns topónimos estão intencionalmente transcritos na sua forma original e alguns outros são de carácter suplectivo hipotético pessoal, da minha parte, dada a sua fraca legibilidade ditada tanto pela caligrafia do autor como pela má preservação do documento e, portanto, sujeitos, estes últimos, a eventual rectificação.
MEMÓRIAS PAROQUIAIS, 1758, Tomo 34, SANTA VALHA, Monforte de Rio Lima (leia-se Monforte de Rio Livre).
[Cota actual: Memórias paroquiais, vol. 34, n.º 67, p. 601 a 606]
Descrição do lugar de Santa Valha
Este tal lugar fica na Província de Trás-os-Montes, Bispado de Miranda, Comarca de Torre de Moncorvo, Termo da Vila de Monforte, Freguesia de Santa Eulália. É d’el Rei, Nosso Senhor, ao presente e sempre o foi.
Tem tal lugar, cento e quinze vizinhos e trezentas e noventa pessoas.
Está o dito lugar situado em um vale, entre dois montes bastantemente levantados, um para a parte do Norte, chamado do [Ermitão?] e revestido de castanheiros de demasiada altura, outro para a parte do Meio-dia, chamado Crasto, revestido de pinheiros, castanheiros, sobreiros e de mais algumas variedades de árvores silvestres.
Não se descobrem dele povoações algumas, por ficar muito baixo.
Não tem termo seu, pois está sujeito ao termo da Vila de Monforte e dista desta duas léguas.
A paróquia está no meio do lugar e tem suas anexas ou quintas, uma para a parte da quinta chamada da Paradelinha, que tem uma capela de Santo Antão que dista da povoação três quartos de légua, outra anexa para aparte da quinta chamada do Calvo, que tem uma capela de Santo António que dista da paróquia dois quartos de lágua e outra anexa para a parte da quinta chamada do Gorgoço, que tem uma capela de São Bartolomeu que dista da paróquia meia légua. Tem esta, nove vizinhos e quarenta pessoas; o termo do Calvo, três vizinhos e dezassete pessoas e o de Paradelinha, vinte vizinhos e sessenta pessoas.
O orago é Santa Eulália que está no Altar-mor. Tem quatro Altares, o mor e dois colaterais, um da parte da entrada ,de Nossa Senhora do Rosário, e outra da parte do Meio-dia, à direita, do mártir São Sebastião e uma capela ao lado esquerdo, do Santo Cristo com uma escada para o corpo da igreja, administrada por Jerónimo de Morais Castro, Morgado da Teixugueira. Há mais duas capelas dentro do povo, uma defronte da matriz, de São Miguel, e outra de Santa Maria Madalena, no bairro da Madalena, administradas as duas com as esmolas da vizinhança. Tem mais outra, de Santo António, no bairro assim chamado, que administra esta o Morgado António José de Morais Castro. E tem duas Irmandades, uma das Almas e outra de Nossa Senhora do Rosário.
O pároco é abade, apresenta-o o Padroado e tem de renda, com a patriarcal, um conto [1 000 000 de réis].
As ermidas ou capelas são três, dentro do lugar, de que já falei. A elas não acode nunca gente em romagem senão, por acaso, alguma vez.
Os frutos da terra em maior abundância são pão centeio e vinho tinto de cepa, delicioso, e algum milho maíz, feijões pretos e brancos e fradinhos, muita castanha, alguma fruta de nozes, peras, ameixas de várias espécies, figos de várias castas, cerejas, ginjas pequena, muitas couves, alhos, cebolas, muita hortaliça galega e lenha de carvalhos e castanheiro, muita lenha de azevinho para o fogo, muitos lameiros de melões e melancias, queijos de várias castas e algum mel e gado ordinário miúdo.
Não tem juiz ordinário nem câmara e, por esta razão, está sujeita ao juiz ordinário e câmara da Vila de Monforte.
Faz-se feira em uma anexa de Gorgoço, de que já fiz menção, em dia de São Bartolomeu, aonde acode a vizinhança a comprar e vender espadelas de linho em rama, paninhos, vinho e pão branco e tendas de mercadorias. E dura somente quatro horas.
Dista, o dito lugar, de Miranda do Douro, cidade capital, dezasseis léguas, e de Lisboa oitenta léguas.
Tem o dito lugar três bairros. Um chama-se o Bairro [sic], tem duas fontes, uma chamada dos Alarigos, fresca de Verão e quente de Inverno e deliciosa, pois é fresca e gostosa, nasce no [rio?] e está cercada de castanheiros, álamos pretos, ciprestes, parreiras e outras árvores silvestres; outra chamada do Vilar, muito mais notável por fresca e saborosa, está cercada de castanheiros, figueiras, amieiros, marmeleiros e pinheiros e nasce numa penha. Outro bairro chama-se de Sobreiró e não tem fonte alguma. Outro, chamado de Outeiro, tem duas fontes, uma chama-se de Sobreiró e é de água também fresca e está cercada de salgueiros, macieiras e vinhas e outra chama-se da Regaça e nasce em pedra. Tem mais outros três bairros, um chamado do Pontão e tem este uma fonte que se chama a fonte do Pontão, nasce em [lodo] e é a maior, outro chamado da Igreja tem uma fonte chamada da Igreja por servir para uso da mesma igreja, outro chama-se o bairro da Madalena e não tem fonte alguma.
E assim são seis bairros e cinco fontes [sic], todas perenes e se renovam com muita abundância e nunca secaram. Com elas se rega e fertiliza pastos, Linhares e prados e além destas cinco fontes comuns tem o Lugar mais de dez fontes particulares.
Junto da fonte de Vilar se acha e cria um pinheiro maior que tem de grosso trinta e dois palmos e ocupa, com a copa da rama, dois alqueires de centeio de sementeira, além dos mais que estão dentro da matriz.
Tem fora, pelo termo, infinito número de fontes frescas e de algumas onze […] entre as quais há uma de rara qualidade que se chama a fonte da Cruz cuja água contém o bem de desinquinar os intestinos […] que é o mesmo que a fonte [Puideira?], que será esta do lugar um quarto de légua.
Não padeceu ruína alguma no terramoto [de 1755].
No que respeita à Serra
Nada, por não haver nesta terra serra.
Rio
Neste lugar de Santa Valha somente há quatro ribeiras, uma chamada o rio Calvo que nasce no lugar de [Lomba?] e suas montanhas. Nasce brando e pequeno e corre todo o ano. Entra nele uma ribeira de Alvarelhos por baixo do lugar de Tinhela, duas léguas distante da nascente. Não é rio de barcas nem capaz para isso. É de curso arrebatado em toda a sua distância. Corre de Norte para o Meio-dia. Cria muitos peixes chamados escalos. Nas margens se cultivam muitas delas de vinhas, terras, prados e tem muitas árvores de fruto, como são castanheiros, e silvestres, como são amieiros, salgueiros, carvalhos, medronheiros e outras muitas castas de árvores silvestres. Conserva sempre o nome de rio do Calvo. Morre no rio chamado o Rabaçal, rio caudaloso, no sítio do Cachão. Tem uma cachoeira no sítio de Cachão e por essa causa não sobem os peixes chamados barbos e bogas por ele acima. Tem três pontes de pau, uma chama-se a ponte de Tinhela que está no mesmo lugar de Tinhela, outra chama-se a ponte de Agordela, na quinta de Agordela, e outra na quinta do Calvo e chama-se a ponte do Calvo. Tem perto dele infinito número de moinhos, regueiros e [olmeiros?]. Usam os povos de suas águas livremente para as culturas.
Tem o rio seis léguas desde a nascente até aonde acaba e passa por seis povos: O primeiro é Tinhela, o segundo é Agordela, o 3.º é o Calvo, o 4.º é Vale de Casas, o 5.º é Poçacos e o 6.º é o Cachão.
Não há nesta terra outras coisas notáveis de que se possa dar conta. É muito pouco o tempo para se fazer como deve.
O Padre Domingos Gonçalves
[\] Há mais três ribeiras, uma chamada a ribeira da [Roçada?] que nasce nas montanhas de Fiães, distante deste lugar légua e meia e esta mesma ribeira passa pelo Bairro da Igreja e junta-se em outra chamada a ribeira da Castanheira no sítio chamado de Armeiro e dista, uma de outra, um quarto de légua, ambas nascem nas montanhas de Fiães, ambas têm pontes de pedra e moinhos e no Inverno abunda nelas árvores de fruto nas suas margens. A outra chama-se de [Canamão?] e dista das outras um quarto de légua, tem as mesmas circunstâncias das outras, juntam-se todas em uma no sítio do [Bordalacho?], nome derivado de um peixe, tem uma ponte de pau de 4 olhais e vai-se meter no rio Rabaçal. Dista a nascente do rio três quartos de légua. Tem peixes chamados escalos.[/]
O Padre Domingos Gonçalves
[s. data]
· Uma das particulares qualidades económicas de SANTA VALHA historicamente reconhecida num documento dos finais do século XVIII – a “Memória Económico-Política de 1799”, de Luís António Medeiros Velho, ex-juiz de fora de Chaves que faz jus a um dos símbolos do brasão heráldico daquela freguesia do concelho de Valpaços…
Trata-se de uma descrição de economia das diferentes comarcas da Província de Trás-os-Montes intitulada Memória Económico-Política de 1799, de Luís António Medeiros Velho, ex-juiz de fora de Chaves, que foi publicada por Fernando de Sousa em População e Sociedade, n.º 4, IEPF, Porto, 1998, no seu trabalho Uma Descrição de Trás-os-Montes nos finais do século XVIII e encontrei transcrita no estudo coordenado por José Viriato Capela sob o título As Freguesias do distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758, a qual, com o devido respeito pelo autor e transcritor nomeados, passo a reproduzir:
A Provincia de Tras-os-Montes que está em huma das partes mais septentrionaes do Reyno se compoem de quatro comarcas: a primeira he a de Miranda, a segunda he a de Moncorvo, a terceira de Bragança, e a quarta de Villa Real, alem de alguns conselhos pertencentes ás comarcas de Lamego, e Guimaraens.
A comarca de Miranda he regularmente pouco povoada; tem immensas terras, e alguns montes, e todas proporcionadas para darem trigos, senteios, e cevadas, e poderião dar algum milho grosso e painço, se o cultivassem. Em poucos sitios produz vinhos, e os que se colhem nos concelhos de Lomba, e Vinhaes são generosos, e muito balsamicos, e ainda sem beneficio se conservão muito tempo, e destilados dão bom rendimento em agua ardente: o seu consumo he na propria terra, e algum vay para Galiza e Castella. Nas ladeiras, ou ribadas do Douro se colhem também alguns vinhos, que tinhão saída para Espanha; hoje porem he menor a exportação desque o Ministerio daquelle reyno cuidou em mandar plantar vinhas, e impoz cento e sessenta reis em cada almude de vinho de Portugal de direitos de entrada: porem apezar de todo este disvello, os povos de Galiza se não podem dispensar do mesmo vinho, por ser o frio daquelle paiz contrario á ditta producção, e o mesmo acontece ás terras de Saago, e Campos de Castella Velha, e assim pouco sufficientes aquellas providencias para deixarem de se aproveitar dos vinhos de Portugal, que são melhores, e ficão proximos, e a melhor commodo. Seria justo animar na referida comarca a plantação e verdadeiro cultivo das vinhas; a plantação de castanheiros, para o que he propria a terra, e há poucos á proporção dos dilatados terrenos, e estas arvores ao mesmo passo que dão hum proveitoso fructo, produzem bellas madeiras, e o resto serve de lenhas para os fogos. As oliveiras são quazi desconhecidas em toda a comarca, e posto que alguns poucos terrenos podessem produzillas á força de arte, não he necessario forçar a natureza do paiz, he melhor seguilla com a cultivação daquelles fructos, que lhe são mais analogos. Os gados ovelhuns se dão admiravelmente: os carneiros e ovelhas são grandes, a lan boa, porem desgraçadamente está em summa neglicencia semelhante creação, que ao mesmo passo que utiliza com as lans, e admiraveis estrumes dá carnes para o necessario sustento. Na mesma comarca há huma caudelaria donde sahem os melhores cavallos do Reyno e as mulas são formosas de admiravel grandeza mas faz poucos progressos a mesma caudelaria, porque a mayor parte dos cavalos, que servem de pays são pequenos, rixosos outros, já com algumas aleijoens, e cheyos de reçabios, tudo por falta das necessarias providencias, e se acharem muito adulteradas as do regimento das caudelarias do senhor D. Pedro segundo, e ainda estas deminutas para evadirem as referidas malicias dos caudeis e lavradores.
A comarca de Moncorvo he situada em paiz mais temperado e quente: produz muito azeite em quasi todos os concelhos e he o melhor do Reyno, e em toda ella tem amoreiras para a creação do bixo da seda; porem não são as necessarias á proporção das que pode produzir: dá trigos, centeyos, cevadas, legumes, e alguns milhos, e pode produzir nos concelhos de Mirandella, Villariça, Anciaens e outros; muitos e nervosos canamos naquelles predios, que ainda hoje conservão o nome de canameiras, segundo com mayor individuação fiz em ver hum plano que corre por differentes vias. As hortaliças são das melhores, produz regularmente poucos vinhos, mas pode produzir muitos mais; porem o solto da terra, a má escolha das uvas, o fraco grangeo das vinhas, e feitoria dos vinhos faz que posto que sejão maduros prometão pouca duração, excepto os vinhos de Santa Valha, que são dos melhores da província para o quotidiano uso. Não produz castanheiros senão no conselho de Monforte, pelo calido do paiz. São os carneiros e ovelhas e lans admiraveis e finas; porem em tudo há suma indolencia e crassa ignorancia.
Nos conselhos da Torre de Moncorvo e Freixo-de Espada-Cinta se colhem algumas
amendoas, mas poucas em attenção as que se podião colher: os meloens e queijos de ovelha, são bellos, produz alguma fructa de caroço, e em toda a comarca a população he deminuta, e no lugar de Carvoiçaes há abundantes minas de ferro, que sendo tão interessantes como necessárias jazem no summo desprezo.
A comarca de Bragança, no termo da cidade, e villa do Oiteiro, he regularmente fria, e alevantada como a de Miranda lemitrofica; produz centeyos, trigos, alguma cevada, poucos milhos, castanha, para o que he muito natural: mas a plantação he relativamente muito deminuta, e em alguns sitios produz bellos e generosos vinhos; como são os de Izeda, Moraes, Arcas e Nuzellos que com a simples feitoria durão annos pelo balsamico, e espirituoso. Há nos dois dittos conselhos huma caudelaria, muitos prados, prados particulares, e publicos, para o pasto, e sustento dos potros; mas falta-lhe muito para chegar a estado da perfeição, a que podia subir: produzem alguns linhos de teya, mas poucos, e mal cultivados: o concelho de Chaves he mais bem temperado produz trigos, centeyos, cevadas, e milhos, linhos de teya, muitos vinhos e generosos, munta castanha, algum azeite, toda a qualidade de legumes, bellas fructas de caroço, gostosissimas hortaliças, boas lans, e alguns sitios muita cabra. Podia produzir muito canamo, e ter muito gado vacum, de que há geral falta neste Reyno. Se o rio Tamega que borda os largos campos, ou veiga da mesma villa fosse sangrado no simo da mesma veiga, cuja obra não sendo de mayor despeza faria regar legoa, e mea de longitude, e mea de latitude, que tem os mesmos campos, seria a colheita dos trigos melhor, e dos linhos treplicada; e nos prados arteficiaes se podião crear milhares de vitellas e bezerros, de que há huma grande falta. Os dois concelhos de Montealgre, e Ruivaes pelo montanhoso só são proprios para senteyos, e alguns milhos, poucos vinhos e verdes, alguma castanha e linhos; porem são admiraveis para a creação de gados vacuns pelos prados e pastos, que lhes fornecem os dilatados montes; e já os povos tem algum cuidado neste utilissimo e necessario ramo, mas ainda lhe resta muito para chegar ao desejado gráo de perfeição. Os conselhos que pertencem á comarca de Lamego estão na costa septentrional do Alto Doiro produzem pouco pão, algum azeite, pouca castanha e muitos, e generosos vinhos: a cultura destes pouco tem a emendar, e os caminhos daquelle terreno assim publicos, como vicinaes e muito pelo ingreme, e ladeiroso do paiz, mas quiz a Providencia que com summo prazer de todos sahisse ley para dar principio á reedificação de semelhantes caminhos, tudo devido ás solicitaçoens officiosas de hum excelentissimo genio patriotico, que os seus mercimentos o aproximárão ao throno para hum dia encher a nação daquellas felici-dades, que os seus vastos projectos tem premeditado.
Os conselhos da mesma provincia pertencentes á comarca de Guimaraens produzem muitos milhos, senteyos, legumes, linhos, castanhas, painços; e os gados são regularmente cabras, e os vinhos verdes tendo muita semelhança com os da provincia do Minho aonde a agricultura está em mayor auge.»
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Fontes: http://repositorium.sdum.uminho.pt/ | SOUSA, Fernando de, Uma descrição de Trás os Montes nos finais do século XVIII, in População e Sociedade, n.º 4, IEPF, Porto, 1998, pp. 413-444.
FONTE: CLUBE HISTÓRIA DE VALPAÇOS
Origem do nome de Santa Valha:
1) O lugar denominado de Santa Olaia ou Eulália e o monte contíguo do Crasto são os locais onde tudo indica ter nascido o primeiro povoado de Santa Valha. A conhecida “fraga parideira” no monte de Santa Olaia, onde nos tempos primitivos as mulheres pariam os seus filhos é uma dessas referências, assim como as outras a nascente do monte do Crasto.
2) Os Documentos ou Manuscritos das Inquirições de 1258 referem que Santa Valha se chamava nesse tempo ” Santaala “, abreviado Santala. Consta nesses mesmos manuscritos várias vezes a seguinte referência: Igreja e Paróquia de Santaala (Santa Valha) de Terras de Rio Livre.
3) Santa Valha poderá, em tempos remotos, também ter sido chamada de Santa Ovaia. Já quanto ao nome da freguesia, nos documentos/manuscritos de que tivemos conhecimento recentemente (Janº. 2012), consta, que em 1655, se chamava: lugar de Santa Valha da "Freguesia de Santa Olaia" e, em 1758, se chamava: lugar de Santa Valha da "Freguesia de Santa Eulália"; Santa Eulália que é Padroeira/Orago da nossa freguesia.
4) A forma como se escreveu e se chamou ao longo dos séculos o nome da nossa aldeia sofreu uma evolução bastante grande, conforme nos dizem os documentos e manuscritos antigos a que tive acesso: inicialmente ou quiçá no início da nacionalidade (1143) - chamou-se Santaala, abreviado Santala ( … , …,? ) e, por, último Santa Valha.
HINO DE SANTA VALHA
(I)
Santa Valha é um jardim,
Toda a gente diz assim,
Pois é bela todo o ano;
Por este Concelho além , a)
Só há quem lhe queira bem , a)
Mas graças a São Caetano. a) (BIS)
(Refrão):
Viva Santa Valha,
Terra de beleza,
Aldeia pequenina,
Cercadinha de riqueza. (BIS)
(II)
Santa valha é radiosa,
Parece um botão de rosa,
Quando chega a Primavera;
Tem a Igreja majestosa, a)
Uma Capela formosa, a)
Testemunho doutra era. a) (BIS)
Viva Santa Valha,...( BIS)
(III)
Santa Valha foi romana,
É uma aldeia transmontana,
Mas de uma beleza plena;
Tem uma história lendária, a)
E a Capela centenária, a)
De Santa Maria Madalena. a) (BIS)
Viva Santa valha,...(BIS)
(IV)
Santa Valha é um encanto,
Por isso lhe queremos tanto,
Embora seja bravia;
São belos e altaneiros, a)
Os seus bonitos Cruzeiros, a)
E a sua velha Abadia. a) (BIS)
Viva Santa Valha,...(BIS)
FIM
Observação: Desconhecemos a data da fundação do Hino oficial de Santa valha, mas sabemos que já vem do tempo dos nossos antepassados.