MEMÓRIAS E DATAS QUE MARCARAM VÁRIOS ACONTECIMENTOS NA NOSSA TERRA

 

Coisas e Gentes da Nossa Terra

 

OBRAS DE INTERESSE PÚBLICO:

 

Bairros da Aldeia:

De acordo com os vestígios encontrados, alguns ainda hoje bem visíveis, a nossa aldeia, mais propriamente o primeiro núcleo ou povoado primitivo terá nascido e ter-se-á fixado, há muitos séculos atrás, nos montes de Santa Olaia ou Eulália e do contíguo Crasto ou Castro a nascente, onde também chegou a existir, entre outros: um cemitério público cristão, uma pequena igreja e a fraga parideira, local onde as mulheres pariam os seus filhos, sítios a sul da actual aldeia. (Ver Site: Link- Freguesia)

De acordo também com algumas pesquisas que fiz em documentos e/ou manuscritos a que tive acesso não há muito tempo das primeiras referências escritas desses tempos antigos e do que ouvi dizer aos mais idosos, que dizem também ter ouvido contar aos mais velhos, tudo leva a querer, que o início da nossa actual aldeia deva remontar entre o século XIII e XV, se bem quem nos Documentos ou Manuscritos das Inquirições de 1258 refira lá a existência da Igreja e Paróquia de “Santaala”, abreviado Santala (Santa Valha), de Terras de Rio Livre; Eclésia de Santaala (Rio Livre) – Igreja de Santala: paróquia de remota fundação, do início da nacionalidade (1143) ou anterior.

Os bairros mais antigos são, de certeza absoluta, o do Ciprestes e do Sobreiró, este último em que toda a gente desconhece e questiona a origem do nome, por ter um acento agudo na última vogal (ó). O do Sobreiró, por volta de 1933 ou 34, (antes do rompimento da estrada) chegou ainda a englobar algumas (poucas) habitações de parte do bairro do Pontão (exemplo: a dos Contins). O bairro do Pontão, cujo nome terá tido certamente origem na existência de um pequeno pontão antigamente em pedra no regato perto da fonte; bairro da Madalena, agora e muito bem chamado de Santa Maria Madalena. Estes dois últimos bairros bastante mais pequenos foram construídos e habitados muito mais tarde. Não referindo, é claro, os pequenos agrupamentos de casas da Igreja e Outeiro/Freixa

Após meados década de 70 do século XX (1975), o pequeno bairro da Madalena, (Santa Maria Madalena) começou a expandir-se muito rapidamente, particularmente com investimento dos nossos emigrantes e repatriados ou retornados/regressados das ex-colónias. Também nessa época, tiveram início das primeiras construções dos pequenos bairros do “Aviário ou estrada para Pardelinha”; Maceira ou Maçaira; Corredoura e Entre-as-Águas ou Cinzeira.

O início das construções do bairro de Entre-as-Águas ou Cinzeira deu-se logo a seguir ao rompimento do novo troço da estrada, finais da década de 80. Até essa data, a ligação para a anexa do Gorgoço era feita da seguinte forma: pelo antigo e apertado caminho vicinal que liga a  Praça/Igreja, passando pelo Outeiro, Freixa, seguindo daqui até Entre-as Águas.

 

Sede da Junta de Freguesia:

O início da construção da Sede da Junta de Freguesia remonta ao ano de 1980, na presidência da Junta de Freguesia de Osvaldo Fernandes Ribeiro. O terreno pertencia ao logradouro da Casa Paroquial, conhecido também por pátio, doado pela Igreja. Os trabalhos tiveram continuidade na administração da Junta seguinte, presidida por Domingos José Mosca Teixeira (1981/1982), vindo mais tarde a ser concluída, mobilada e inaugurada pelo executivo da Junta de Freguesia presidida por Manuel Guedes, que tinha “emigrado” para a ex-Colónia de Angola em finais da década de 50 e regressado (como retornado) em finais de 1975 ou início de 76. Os fundos e outros apoios para este investimento vieram da Câmara Municipal e do Ministério da Administração Interna. Recorde-se, que, Manuel Guedes foi o principal impulsionador desta obra pública, sendo uma das primeiras sedes de Junta de Freguesia do Concelho, bem assim como também de outros melhoramentos desde 1983 a 1997, seguindo-se depois, a presidência de Jorge Augusto de Castro até 2013, que também contribuiu em muito para o desenvolvimento e melhor qualidade de vida dos munícipes de toda a freguesia.

A inauguração aconteceu em 10/08/1986, com toda a pompa e circunstância. Teve a presença honrosa, entre muitos convidados, os Ministros (do primeiro Governo do Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva) Engº. Eurico de Melo, que inaugurou, Ministro da Administração Interna e Vice – Primeiro-ministro, e o da Saúde, a Drª. Leonor Beleza e respectivos Assessores de ambos. Também o Governador Civil do Distrito, vários Presidentes de Câmara e de Juntas de Freguesia, etc. Referimos todavia, que foi no primeiro mandado do Presidente da Câmara Engº. Francisco Batista Tavares que a obra foi inaugurada.

A ampliação da Sede da Junta, anexo contíguo, agora Sede do Rancho Folclórico no rés-do-chão e extensão do posto de análises do Dr. Cerqueira da Mota no primeiro andar, começou em 1988, mas só em 1991 é que veio a ser concluída. O posto de análises deixou de funcionar por volta de finais de 2013 ou início de 2014, ultimamente extensão do posto de análises do Pioledo, penso que com Sede em Vila Pouca de Aguiar.

Esta obra foi iniciada e concluída na presidência da Junta de Freguesia de Manuel Guedes, onde alguns subsídios do Estado, nomeadamente do Desporto. Esses donativos foram canalizados para essa construção, através da Associação constituída por Escritura Pública em 18/05/1988, denominada “Associação Recreativa e Cultural e Melhoramentos de Santa Valha”, já que estava em vista a constituição da secção de futebol e ao mesmo tempo, a legalização de um grupo de futebol, que incluísse as camadas jovens.

Foi assim então que nasceu oficialmente o Grupo Desportivo de Santa Valha. O Clube foi inscrito na Associação de Futebol de Vila Real (AFVR) e participou nos campeonatos Distritais das camadas de  iniciados e juvenis, na época de 1988/1989. A partir dessa data nunca mais vindo a participar a nível federativo (ver link desporto e cultura). O rés-do-chão deste anexo foi até 2002/2003, sede do Grupo Desportivo.

O Posto de Análises Clínicas funcionou inicialmente nas instalações do Posto Médico, no primeiro andar da Sede da Junta.

Nota: Ver fotos da inauguração no Link Junta de Freguesia “ Inaugurações”.

 

Posto Médico de Stª. Valha.

O nosso “Posto Médico” como o povo sempre lhe chamou, mais propriamente dito: “Extensão de Saúde de Santa Valha” do Centro de Saúde de Valpaços (CSV) foi instalado no primeiro andar da sede da Junta de Freguesia. Em Fevereiro 2015 ainda lá se encontra, não obstante os inúmeros esforços para que seja transferido para uma das alas da antiga escola-primária, requalificada para esse fim há bastante tempo. A inauguração remonta a 10/08/1986, ou seja, no mesmo dia da Sede da Junta, pela Ministra da Saúde, Leonor Beleza, e outras individualidades ligadas a esse Ministério.  

Estiveram também presentes (todos) os convidados da inauguração da Sede da Junta. O primeiro médico a exercer (duas vezes por semana) foi o Dr. Alexandre e o funcionário administrativo foi o senhor Laurindo de Vilarandelo. Seguiu-se no ano seguinte a Drª. Natália Leitão e a Dª. Olímpia Mendes como administrativa. (Ver Link – Inauguração da Sede da Junta).

 

Jardim da Praça:

Este jardim foi construído em 1988, em parte do terreno cedido pela Casa Paroquial (Abadia), que sobrou da construção da Sede da Junta. Inicialmente decorava o seu centro uma taça construída com areia e cimento e com um repuxo natural de água.

Esse objecto decorativo, aproveitando a requalificação de todo o jardim, foi substituído no início da década de 2000 na presidência da Junta de Jorge Augusto de Castro, por um outro, que simboliza algo da cultura económica de outros tempos, como é o actual moinho antigo em ferro de um lagar de azeite e um motor de marca “Lister” com uma correia, que fazia mover esses géneros de indústrias. Para além da pouca estética desse embelezamento inicial, também a falta de água no período de verão contribuiu para essa alteração.

Até por volta de meados da década de 80 (1986?) existiu nesse espaço, junto à estrada, duas antigas oliveiras que guardavam muitas décadas de histórias, memórias e até alguns segredos para contar. Essas bonitas frondosas e vistosas árvores foram arrancadas sem qualquer justificação aparente a mando porventura de alguém da Junta que não sabia o que ficava bem e muito menos a importância delas. Primeiro, dois anos antes, foi arrancada a que se encontrava junto à parede do terreno da casa paroquial, quando da construção do novo muro divisório que serviu para alargar e alinhar com a parede da cabine eléctrica. Essa oliveira estava plantada no tereno da casa paroquial mesmo junto ao antigo muro, com quase toda a sua copa a dar para o terreno da praça pública. Passado algum tempo, 1986, foi arrancada a outra junto junto à estrada.

 Em 22 de Abril de 2014, foram plantadas, e bem, nos mesmos locais, duas oliveiras já com muitos anos de vida, particularmente uma delas, por aparentar ser já secular ou até mais, árvores essas adquiridas pela actual Junta de Freguesia para repor a nostalgia e a beleza de antigamente.

O vistoso e imponente banco de descanso construído todo em granito da região que se encontra junto à Sede da Junta foi mandado edificar e colocar pela Junta de Freguesia em 18 de Julho de 2013.

 

Sanitários Públicos: 

A construção dos sanitários ou casas de banho públicos iniciou-se em 2000 e concluiu-se em 2001, na presidência da Junta de Freguesia de Jorge Augusto de Castro. O terreno para essa construção nas traseiras da sede do rancho e cabine eléctrica foi doado pela paróquia presidida nesse tempo pelo pároco Alberto da Eira.

 

Coreto da Banda da Música:

O primeiro coreto para a banda da música/filarmónica actuar no dia da festa, todo ele construído em pedra e que não acolhia mais que do que quinze ou vinte músicos foi edificado no ano 1958 ou 1959. Estava situado na praça junto ao início do adro da igreja, lugar agora onde se encontra o cruzeiro datado 1697. Ouvi dizer que foi o senhor Manuel Guedes à época comerciante na ex-Colónia de Angola e que se encontrava de férias em Stª. Valha que o mandou fazer a seu cargo.

Por volta de 1963 ou 1964 foi esse mesmo coreto transferido para junto da entrada da Adadia/Casa paroquial, hoje local onde se encontra Sede/Café do Rancho. Nos primeiros anos da década de 80 voltou a ser transferido para o mesmo local onde foi inicialmente construído, ou seja, junto ao adro da igreja e demolido mais tarde quando da construção do actual.

Houve alguns anos que para receber a banda ou as bandas da música no dia da festa era necessário construir o coreto em madeira e até um ano no início da década de 80 (1982 ou 83?) uma das duas bandas chegou a tocar no terraço do falecido Dr. Luís Lopes a pedido da Comissão de Festas de então presidida por Manuel Guedes, facto inédito e surpreendente que deixou o povo da aldeia de boca-aberta, visto ser de uma pessoa de difícil trato e que não gostava de festas como chegou ele várias vezes a dizer. Contou-me um dos comissários de então, Adriano da Mata, que nesse ano, até ofereceu manda para a festa e que a banda da música a actuar no terraço foi a de Vilarandelo.

Recordo-me de dois antigos tradicionais construtores dos coretos em madeira para a música e palcos para o conjunto, foram eles: António do Patrocínio Teixeira e Filipe Dionizio do Nascimento. Uns anos mais tarde, os irmãos Hélder e Paulo Teixeira e ainda o falecido Alberto Silva, mais conhecido por Alberto Carpinteiro. Também vez ou outra (a partir de 1976) foram utilizados reboques de tractores, mas só para actuarem conjuntos musicais.

O actual e moderno coreto que hoje temos foi edificado em 1996 ou 1997 no local onde se encontrava anteriormente um pequeno e antigo armazém adquirido pela Junta de Freguesia a José Ribeiro. Foi erguido no penúltimo ou último ano do mandato da Junta de Freguesia presidida por Manuel Guedes, não tendo o povo sido ouvido nem achado quanto ao melhor local, aparecendo mais tarde a constatação de várias pessoas por considerarem o local inadequado. Esta construção foi enquadrada num projecto de âmbito cultural filarmónico apoiado a nível nacional pelas Câmaras Municipais e pela Comunidade Europeia.

 

Centro de Dia para Idosos:

Construído nos anos de 2008 e 2009, no local do antigo Jardim-de-Infância, com o fim de servir de Centro de Dia para Idosos. Desde meados de 2009 que aguarda a inauguração para que foi destinado. Tem ainda um outro edifício de apoio, a requalificada (antiga) escola primária, dividida em duas alas, uma para sala para apoio de actividades como descanso e convívio dos idosos do Centro de Dia, e a outra, para substituir o actual Posto Médico, que está instalado desde 1986 na Sede da Junta de Freguesia, também conhecida por Cada do Povo. As obras na antiga escola e todo o espaço envolvente foram concluídas em finais de 2010.

Todo este investimento, orçado em mais de 400 mil euros, foi suportado integralmente pela Câmara Municipal. A gestão foi entregue à Santa Casa da Misericórdia de Valpaços, que aguarda, desde finais de 2010, a celebração do protocolo com a Segurança Social, para abrir o espaço.

Era pretensão inicial do povo de Santa Valha e até da Junta de Freguesia que a sua gestão fosse feita pelo povo da terra, através de uma Associação fundada em 16/04/20003, denominada  “Casa do Povo de Santa Valha”, que nunca exerceu qualquer actividade para que foi criada. Para esse efeito (Março de 2009,) procedeu de imediato através de uma Comissão Administrativa ou Instaladora constituída, à legalização dos associados, tendo em vista logo a seguir a convocatória de uma Assembleia Geral. Nessa mesma Assembleia, realizada no mês de Abril, foram eleitos os Corpos Sociais e revistos e aprovados os Estatutos. No início de 2010, foi apresentado o projecto nos termos da Lei (sistema das IPSS), à Segurança Social.

Entretanto e atendendo às sucessivas alterações na legislação da Lei por parte do Estado, e ainda, e sobretudo, de algumas exigências por parte da Administração Central da Segurança Social, não previstas no início do processo e impossíveis de cumprir pela Direcção, foi abandonada a ideia da administração directa, e entregue a gestão à Santa Casa da Misericórdia de Valpaços, visto esta instituição de solidariedade já reunir todas as condições exigidas.

Apesar destas  obras  já terem sido vistoriadas pelos serviços da Segurança Social de Vila Real em Novembro de 2010, o que é certo, é que já estamos em Fevereiro de 2015, e data da inauguração oficial do investimento e abertura do Centro de Dia, é ainda desconhecida, não obstante os inúmeros esforços feitos pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal, quer ainda pela própria Santa Casa da Misericórdia. Já quando à transferência da extensão do Posto Médico, da responsabilidade da Administração Regional de Saúde (ARS), já estamos em Março de 2015 e ainda não foi efectuada. Ouvi dizer que existem há muito tempo divergências pessoais e políticas entre o Director Regional de Vila Real e o médico responsável de Chaves que também coordena o sector, sendo particularmente esse um dos principais entreves. Em Janeiro último visitou Valpaços o senhor Secretário de Estado do Ministério Saúde, onde deixou a promessa ao nosso Presidente da Câmara, Dr. Amílcar Almeida de que o assunto iria ser rapidamente tratado e resolvido.

Diz-se que a dificuldade da abertura do Centro de Dia e de outros espaços do género em todo o nosso Concelho estará na crise económico-financeira e social que o Estado tem estado a atravessar desde 2008, particularmente no Ministério da Segurança Social.

 

Antigas Instalações da Escola Primária/Ensino Básico/1º.Ciclo 

As obras de reconversão e/ou requalificação para instalação da extensão do Posto Médico que está a funcionar na sede da Junta desde 1986 e da instalação do Apoio ao Centro de Dia a criar, foram Iniciadas no ano de 2009 e concluídas em finais de 2010.

Nota: Em Fevereiro de 2015 o povo ainda continua a aguardar a inauguração desses dois espaços.

 “ 02/02/2015

Santa Valha - Transferência do Posto-Médico para breve:

No seguimento da visita recente do Sr. Secretário de Estado da Saúde a Valpaços, prespectiva-se para muito breve a transferência das instalações do Posto de Saúde, mais conhecido na freguesia por Posto-Médico, da sede da Junta de Freguesia para uma das alas das antigas instalações da escola-primária, cujas obras de recuperação e requalificação para esse fim já se encontram concluídas desde 2010. O motivo principal da transferência das instalações há muito reclamadas pelo povo, deve-se sobretudo à enorme dificuldade no acesso ao local, particularmente por parte das pessoas mais idosas, que são a grande maioria dos utentes, acrescido ainda das péssimas condições do ambiente climático no interior das instalações, atendendo a construção do edifício já datar de finais da década de 80.
Recorde-se que o Posto-Médico de Stª. Valha, inaugurado em 1986, é uma Extensão do Centro de Saúde de Valpaços.

Deixamos aqui um artigo publicado recente sobre este assunto.

http://www.santavalha.com/numerosarquivo/n5.jpghttp://www.santavalha.com/numerosarquivo/n1.jpghttp://www.santavalha.com/numerosarquivo/n8.jpg 

Trata-se de um artigo publicado nas notícias do nosso Site de 02-02-2015. “

Estrada (Nacional) e Cantoneiros:

O rompimento da estrada Vilarandelo – Santa Valha, mais tarde classificada de estrada Nacional (EN)213-1 e, no início da década de 2000 desclassificada pelo Governo para Municipal, data de 1932 a 1934.

Antes do rompimento desse troço, havia um caminho vicinal muito sinuoso que ligava Vilarandelo a Santa Valha, que passava entre as vinhas (proprietários de agora) de João Atanázio e de Gilberto José Cardoso, Antero Augusto Cagigal Neves, Ricardo Manuel Moreiras e outros; atravessava o ribeiro do Calvo (sem ponte pedonal) e ia ligar-se ao caminho que vai dar às casas do Calvo em ruínas, perto do Cruzeiro/Capelinha do Senhor da Boa Morte. Daqui, seguia pelo caminho vicinal que vai dar ao Bairro dos Ciprestes. Se fizerem uma visita ao local ainda podem ver parte desse antigo caminho, dos trilhos, e das pedras para atravessar o ribeiro. A actual ponte do Calvo a jusante já existia desde início de 1900, mas com muito pouca ou quase nenhuma utilização.

A estrada, para além de outros locais, rompeu e dividiu na sua construção a casa paroquial com a casa de João Fernandes (Pedrinho) e uma pequena parte do terreno da Cerca, ultimamente pertencente ao falecido senhor Cândido dos Santos com Luís Mofreita, bens esses, que antigamente chegaram a pertencer todos à casa paroquial (Abadia).

Ouvi dizer aos mais idosos, que antes do rompimento/construção da estrada existia entre a Casa paroquial/Curva das Adufas e a Praça um caminho bastante apertado, acidentado e até sinuoso, onde só cabia um carro de bois, local alguns lavradores costumavam fazer no inverno estrume de mato e palha para adubar as suas propriedades agrícolas. Dizem ainda outros, que ouviram dizer todavia, que muito antes, esse dito pequeno caminho era particular e que foi propriedade da casa paroquial.

Em 1922 foi arranjado o caminho velho atrás referido de Santa Valha a Vilarandelo à custa do povo da nossa aldeia, sendo regedor e principal impulsionador dos trabalhos o então regedor Manuel António Alves, conhecido por Senhor “Manuel da Freixa”, avô materno do Dr. Agostinho Alves Nogueira. O regedor podia intimar as pessoas de acordo com os seus bens, a ir trabalhar para o caminho ou mandar alguém por si.

Contaram-me também que todo o rompimento da estrada (nova)  de 1932 a 1934, em pleno tempo do Estado Novo e ditadura, foi feito pelos braços humanos e ajuda de animais, e que o cilindro para calcar o piso de terra e saibro, era puxado por bois dos lavradores da aldeia, e ainda que houve um proprietário abastado de Santa Valha, chamado João Fernandes, dono de todas as casas do pátio do bairro do Sobreiró, que ofereceu pessoalmente cinco contos; muito dinheiro para a época!

Contaram-me ainda que o custo do projecto da estrada, troço Vilarandelo - Santa valha, na altura a cargo obrigatório da comunidade local por peditório por habitação e rendimento pessoal do proprietário, foi oferecido pelos proprietários de então da Casa dos Aciprestes, gente com título de morgados, de muita posse e muita influência política concelhia, regional e nacional.  Tudo leva a querer que sim, dado esse rompimento ter rasgado ao meio, uma propriedade sua na zona do calvo com direcção à ponte, agora pertencente a Gilberto José Cardoso.

Para além da oferta desse projecto e de uma fonte de mergulho (Vilar) e lavadouro contíguo, que algumas pessoas mais idosas dizem ter ouvido falar que foi oferecida ao povo pelos influentes e abastados proprietários dessa casa de morgados. Nada mais se consta, até à presente data, de qualquer ou quaisquer benefícios dessa gente de posses e influência, quer para a aldeia, quer para o bem-estar ou qualidade de vida da comunidade local. Mágoa que os mais idosos e sobretudo os mais jovens não perdoam. Hoje (2013) essa casa ou solar de antigos morgados já não possui cerca de metade do seu valioso património rústico de então, nomeadamente as propriedades denominadas de Coutada e Pisão, ou Coutada do Pisão, que foram vendidas na década de 90 por um casal de antigos proprietários.

Há ainda gente na nossa aldeia que se recorda bem de algumas pessoas que apanhavam a água à cabeça para beber, quando do rompimento da estrada, entre outras: Justa Fontoura, Isilda Santos e Maria Cândida dos Santos, mais conhecida por Srª. Quinhinha, todas já falecidas.

O primeiro piso de alcatrão da então estrada nova foi aplicado em 1973, mas só até St. Valha. Em 1976 alargou-se a estrada dentro da aldeia de St. Valha, que só tinha pouco mais de quatro metros de largura, desde o cimo da curva das Adufas até à Praça, tendo sido demolida toda essa ala (sul) da Abadia Paroquial, incluindo a antiga cozinha e instalações da escola primária pública que também lhe pertencia. Nessa mesma fase de obras por parte da  ex-JAE, o alcatroamento seguiu até Sonim, e, daí, deu-se o rompimento e alcatroamento da estrada até ao cruzamento de Lampaça. A nova e última intervenção com piso betuminoso de asfalto, incluindo algum alargamento da estrada e da ponte do Calvo, verificou-se nos anos de 1997e 1998.  

A primeira viatura a circular na estrada e a entrar em Santa Valha, (1933/1934) foi a furgoneta (pequena carrinha de mercadorias), de Manuel Pinheiro de Valpaços, e logo a seguir, a de  José Doutel  e Mitras de Vilarandelo. Ambas as viaturas, ao chegar ao cruzamento do Cruzeiro/Fornos do Pinhal, como ainda não havia o seguimento que conhecemos, estas viaturas,  seguiram pelo caminho que dá acesso ao povo pelo Bairro dos Ciprestes. A aldeia  “parou” para ver esse acontecimento.

Depois da construção/rompimento da estrada, o Estado (extinta “Junta Autónoma das Estradas”), necessitou de dois trabalhadores “Cantoneiros” para a manutenção e conservação da mesma. Em Santa Valha foram dois: Abel Barros, que fazia a conservação até Vilarandelo, e  Rodolfo Alves, que fazia o troço até Sonim, ambos já falecidos. Após a aposentação/reforma, finais da década de 1970, deixou de haver cantoneiros na nossa estrada.

Estes funcionários, tinham, na altura, poderes conferidos pelo Governo para poder efectuar algumas multas, por exemplo:  os (eixos) dos carros de bois a chiar e quando as rodas destes e os animais pisavam junto à berma da valeta da estrada, etc.

As ligações que existiam antigamente da nossa aldeia para Fornos do Pinhal e as nossas anexas de Pardelinha e Gorgoço, eram servidas por fracos caminhos vicinais e agrícolas, só um pouco melhorados com o rompimento dos estradões, a partir das seguintes datas:

Pardelinha: 1947/1948; Gorgoço: Década de 1980 e Fornos do Pinhal: 1960/1961. O alargamento do caminho antigo e rompimento de alguns troços desta via para Fornos, desde o lugar da capelinha do Cruzeiro (Senhor da Boa Morte), foi feito com a ajuda de um caterpillar, a primeira máquina do género vista a trabalhar na nossa aldeia, máquinas estas, desconhecidas da grande maioria do nosso povo. Estas vias só foram melhoradas a primeira vez em meados da década de 1980, com a aplicação de piso em alcatrão.

 

Pontes da Ex- Estrada Nacional e Outras:  

A ponte principal do rio (ribeiro) Calvo, de um só arco em granito e toda ela trabalhada em cantaria, foi construída no início da década de 1900, ou seja: trinta anos antes do rompimento da estrada , que passa por cima dela ou atravessa e que terminou na altura em Sonim, ainda no tempo do regime monárquico. Contudo, só em finais da década de 1960 ou início de 1970 é que o rompimento e a finalização se deu até ao cruzamento de Rebordelo/Lampaça/Chaves,  com o apoio  importante de uma pessoa muito influente de Barreiros, casado em St. Valha,  António Pires de Morais Soares, entretanto já falecido, que tinha bastantes interesses na freguesia de Bouçoães.

Numa das pedras da guardas da ponte da Ribeira da “Avessada ou Semuro”, que passa na aldeia perto da  praça, encontra-se esculpida na pedra a seguinte frase: “ Construída Durante a Ditadura Nacional – 1934 “. Numa das últimas intervenções de alargamento, asfalto e betuminoso (1973 ou 1998?), o antigo tabuleiro da ponte construído inicialmente em pedra, foi substituído por ferro, cimento e areia.

Todavia, as pontes de Real-Castanheira e Lamardonda, com direcção a Sonim, tudo leva a querer que a sua edificação date (+-) da mesma da praça, na continuidade do rompimento da estrada que terminou em Sonim.

O alargamento do actual tabuleiro da ponte do Calvo deu-se por volta de 1997 ou 1998, aquando do alargamento e nova pavimentação da estrada.

Na ribeira atrás referida que passa junto da nossa praça, existem mais duas pequenas pontes de travessia, situadas nos bairros do Pontão e Igreja/Madalena. A do Pontão, agora em estrutura de cimento e areia, foi construída por volta de 1980, na presidência da Junta de Freguesia de Osvaldo Ribeiro, destinada a substituir um reduzido pontão em pedra de passagem pedestre. Normalmente, as travessias pedestres das pessoas nos ribeiros eram feitas em pequenos pontões de pedra ou, através de poldras, e os animais pela corrente da água.

Relativamente à ponte de acesso da praça ao bairro da Santa Maria Madalena, inicialmente de construção toda ela em granito tosco, assente em duas lajes fragosas e um pilar ao meio de pedras sobrepostas, foi reconstruída na década de 90, com tabuleiro em ferro, cimento e areia e um pouco mais largo, assim como foi aplicado nessa altura o gradeamento em tubos de ferro que anteriormente não existia.

Lembro, que a construção com ferro, cimento e areia, só começou (raramente) a ser utilizado na nossa aldeia por volta de meados da década de 60. A partir de meados da década de 70, a aplicação destes materiais de construção tiveram uma evolução muito acentuada.

No bairro da Freixa existe uma pequena ponte de um só arco circular, toda ela construída em granito, que tudo indica remontar ao tempo da construção da ponte do calvo. Ninguém se recorda, nem mesmo os mais idosos, de ouvir falarem da data e sua construção. No entanto, há um ou outro que na aldeia com opinião diferente, argumentando que poderá ser origem romana, povo esse que se fixou na nossa aldeia há muitos séculos atrás.

No lugar da Coutada, a cerca de aproximadamente mil metros para sul da casa em ruínas do antigo proprietário “ Cego da Coutada”, existe uma ponte, sem guardas e de reduzidas dimensões, que atravessa a ribeira para propriedades e acesso à aldeia do Gorgoço, que, pelas suas características de arquitectura, nomeadamente na estrutura de fundações e pilares, tudo leva a querer tratar-se de uma ponte de construção romana.

Para além de se tratar de uma arquitectura estrutural muito bonita, também a solidez dos seus alicerces é de realçar. Há quem denomine a esse lugar, que fica (+-) perto do limite territorial divisório das freguesias de Santa Valha/ Fornos do Pinhão, de lugar de Leva-peixe.

Obs: Será que o antigo correio do tempo  remoto da “Mala-Posta”, transportado em charrestes puxadas por cavalos do exército vindo de Bragança, que atravessava o leito do rio Rabaçal, subindo pelo caminho trilhado na encosta junto à aldeia do Gorgoço, também passava por esta ponte com destino a outras direcções do nosso Concelho?

Nesta mesma Ribeira, a cerca de trezentos metros mais abaixo e ainda no lugar de Leva-peixe, no território da nossa Freguesia, existe outro local de pequena travessia de margens, mas só de acesso pedestre, mais conhecido por “pontão”, todo ele também construído em pedra tosca. O tabuleiro de três pedras de largura e cumprimento encontra-se actualmente quase intransitável.

Cerca de dois quilómetros mais para sul ou jusante, existem ainda duas travessias na mesma ribeira, ou seja: um pequeno pontão pedestre construído com um só pedregulho de granito, perto do moinho ou azenha denominado de “Rabaçais” e, ainda, mais para sul e a cerca de duzentos metros da foz da ribeira (com o Rabaçal), existe uma pequena ponte muito antiga de travessia, que liga o caminho vicinal da freguesia de Fornos do Pinhal ao Gorgoço, anexa à Freguesia de Santa Valha, denominada de “Ponte da Costa”, junto ao moinho ou azenha denominado por moinho do “Coutinho”. Pelo nome atribuído a esta travessia, tudo leva a querer, que fosse denominado popularmente, por estar já costa Rio Rabaçal. Não temos a certeza se estas duas pequenas travessias que também dão acesso a interesses da gente do Gorgoço se encontram, ou não, já no território da freguesia de Fornos do Pinhal, ou se a ribeira é a divisória deste. Sabemos sim, que estes antigos moinhos, indústrias importantíssimas de outros tempos da margem direita da ribeira, eram sim propriedade de gente de Fornos.

Ainda nessa mesma ribeira, junto à Casa da Coutada em ruínas e a cerca de menos de vinte metros para cá da fonte de mergulho de água potável que abastecia antigamente essa mesma habitação, existe também um pontão, todo ele em pedra, mas já com largura suficiente para passagem de carros de bois dos antigos proprietários, se bem que esta travessia é de serventia particular, agora de Aglai Cagigal das Neves.

Voltando ainda atrás ao ribeiro do Calvo, a cerca mil metros para montante da ponte principal, existe uma pequena ponte, construída no Outono de 1995, junto à foz da ribeira do Piago e dos poços de captação de água, que dá acesso a propriedades da margem direita do ribeiro e ao antigo caminho que vai dar às casas abandonadas e em ruínas do Calvo. Essa ponte, que substituiu um pequeno pontão (pontarelo como o povo lhe chamava) e umas poldras, foi construída a cargo total de Pedro de Morais, a residir actualmente em Barreiros, mas com propriedades em Santa Valha, particularmente muito perto desta referida ponte, único interessado nesta construção, tendo em conta o desinteresse de outros proprietários, devido ao abandono dos seus terrenos agrícolas do lado de lá da margem.

 

Cemitério Público:

A edificação do actual cemitério público remonta a 1903. O construtor foi um pedreiro de então chamado Joaquim dos Reis Moreiras, (avô paterno de Ricardo, Marina, Filomena, Zé Moreiras e Toninho, entre outros), que também veio a construir alguns jazigos, sepulturas e cruzes em granito.

A ampliação deu-se em 2001, a cargo da Junta de Freguesia presidida na altura por Jorge Augusto de Castro. A Pavimentação em cubos de granito do passeio central e passadeiras laterais de acesso às campas e jazigos, assim como colocação de duas bicas de água também em granito foi feita em 2013 também na presidência do executivo de Jorge Castro.

Com esta última importante intervenção de 2013 de requalificação de passeios ou arruamentos, colocação de bicas e ainda alguns trabalhos em granito no rodapé e chão exterior da Capela de Nsª. Srª. de Fátima e ainda no pequeno adro para retirar humidades, tudo orçado em cerca de 15.000 €, verba que saiu do mealheiro da Junta, o espaço de culto religioso ficou mais bonito, limpo e funcional, dando-lhe bastante maior dignidade.

Nota: Outras memórias sobre este tema encontram-se publicadas no espaço “Assuntos Religiosos”. 

 

Pontão (da Eira da Coutada) da Ribeira da Coutada:

Setembro de 2013: Todos os trabalhos desta obra foi a cargo da Junta de Freguesia, cujos elementos foram: Presidente: Jorge Augusto de Castro; Secretário: Carlos Alberto Dias Vieira e Tesoureiro: Júlio José Teixeira.

Substituição das (75) manilhas de escoamento de água, por um pontão, voltando o leito e curso da água da ribeira ao primitivo.

Relativamente à intervenção na Ribeira na Coutada, tratava-se de uma obra muito necessária e urgente, revindicada por várias pessoas, tendo em conta os prejuízos que essas pessoas proprietárias de terrenos contíguos e próximos vinham sofrendo de há bastantes anos a esta parte, ou seja; desde que o leito primitivo da ribeira deixou de existir, roubado por uma intervenção de uma Junta de Freguesia anterior, para dar lugar ao caminho de acesso agrícola, com colocação de duas filas enterradas de 40 metros de manilhas de escoamento de água de reduzidas dimensões, que, em tempo de maior pluviosidade ou invernia entupiam por completo, não deixando passar a água no seu curso normal, provocando alagamento/inundações das propriedades agrícolas e até mesmo varrendo as terras férteis de superfície dessas propriedades. Também o caminho de acesso ficava totalmente inundado, sem qualquer possibilidade de passagem, que pedonal, quer por outras vias.

 

Fontes e Bicas de Água:

Santa Valha este sempre bem servia de água potável. As fontes de mergulho de abastecimento público devem datar do início dos bairros da aldeia, e que são as seguintes: Br. Sobreiró: Fontela; Olharigos e fonte do Canelha(o) ou da Tia Maria Vicência (por ter existido muito perto um forno de cozer pão com o nome dessa padeira); Br. dos Ciprestes: Vilar; Fonte do Largo de S. João, conhecida antigamente por “da Regaça”. Br. da Freixa: fonte do Outeiro; Br. Stª. Maria. Madalena: Fonte da Praça, que possuía uma bomba manual com roda de ferro para puxar a água para beber e levar para casa e a do Br. do Pontão: Fonte do Pontão, que também possuía uma bomba manual igual que abaixo referimos. Ninguém sabe explicar onde foram parar estas duas bombas. Nessa mesma fonte afogou-se uma rapariga por volta de meados da década de 30 do século passado (XX), irmã dos falecidos Amadeu Moreiras (Pedreiro) e António Moreiras (Periquito), que me disseram estar a jovem na altura de criada (a servir, como se dizia) na casa ao lado da falecida Dª. Helena Lobo.

As principais e que a partir de 1966 começaram também a abastecer algumas bicas, foram a dos Olharigos e do Vilar. A fonte do Pontão forneceu até finais da década de 1960 água para as casas de banho da Escola Primária, extraída através de uma bomba manual com roda de ferro em círculo por força motriz humana. A fonte da Fontela, mais para dar de beber aos animais e a fonte da Canelha(o) ou da Tia Maria Vicência, como era vulgarmente conhecida, mais para fornecer água para o forno de cozer da Srª. Claudina Ribeiro/Tia Vicência.

A fonte de arquitectura mais bonita e importante foi a fonte do Vilar, no Bairro dos Ciprestes. Era toda ela construída em pedra, com uma pia enorme para dar de beber aos animais e um tanque de lavar contíguos também em pedra. A água que os servia era canalizada desta por um caleiro escavado na rocha, que não só abastecia estes bens públicos, como também, quando sobejava, alimentava um outro tanque particular da casa dos Ciprestes ou Sarmentos, que ainda hoje se conserva do lado de lá do muro. Havia ainda uma pequena e bonita escada junto à fonte que dava acesso à casa dos Ciprestes.

Quer esta fonte, quer a dos Olharigos no bairro do Sobreiró, tiveram mais tarde uma alteração estrutural para canalizar a água para as bicas e lavadouros, incluindo mesmo a parte da cobertura que antigamente era toda ela em pedra. Ambas as fontes (Vilar e Olharigos) foram inicialmente todas construídas em granito, bastante mais bonitas e sólidas nas estruturas do que hoje.

Junto à fonte dos Olharigos e poça contígua de lavar e regar, mais propriamente no caminho encostado à entrada da cortinha de Marina Lopes Soares, existiu até 1966, uma enorme pia de dar de beber aos animais. Essa pia foi transferida nessa data para junto da bica da rua do Vilar no bairro dos Ciprestes (cimo da subida), quando da colocação da mesma. Foi zorrada para esse local pela junta de vacas de trabalho de Fernando de Castro do mesmo bairro.

Dessa poça dos Olharigos regavam várias pessoas, algumas até bastante distantes, como, por exemplo: o quintal ou cortinha da casa de habitação de João Fernandes (Pedrinho) e esposa Alice, junto à praça. O rego da água passava na rua dos Olharigos e Sobreiró, descendo até  junto às Adufas, perto do lugar do antigo cruzeiro, agora armazém de Mariano de Castro Domingues e casa de Adelino Melo Alves, seguindo pelo antigo aqueduto. Ainda pela rua dos Olharigos de cima para sul passava por debaixo da casa de António Pereira e esposa Natália, seguia em direcção à bica, atravessava a rua e ia regar as cortinhas da habitação de António Morais Soares e esposa Dª. Marina, mais abaixo: José Sarrá, Alfredo Pimpão, Faustino e outras contíguas. Penso que hoje (2014) só o filho José Marcelino Pimpão é que costuma regar dessa pequena poça, outrora bastante maior.

Ouvi dizer a algumas pessoas mais idosas que já se constava na sua juventude que a fonte do Vilar, tanque de lavar e pia de beber os animais, tinham sido mandados construir pela Casa dos Aciprestes, (conhecida também pela cada dos Sarmentos ou Morgados) e oferecidos ao povo da aldeia. Tudo leva a querer isso, tendo em conta que foram construídos num enclave de propriedades suas.

Acrescentaram ainda, que por volta de 1847 ou 1948 a Câmara Municipal tinha destinado (orçamentado) uma verba de trinta contos (hoje 150€), muito dinheiro na época, para a aquisição de um nascente de água potável, localizado na zona do Semuro, propriedade de Laudemira da Conceição Ferreira da Cunha (Cagigal) e da construção da canalização e de várias bicas de água para o abastecimento público da aldeia e, que essa verba foi desviada para o rompimento da estrada de Pardelinha, que muitos diziam, pela influência e poder político concelhio do conhecido médico do povo, Dr. Olímpio Seca, cuja esposa, Dª. Fernanda, era natural e com muitos interesses pessoais e patrimoniais nesta localidade.

Por volta de 1966/1967, num acto tresloucado do Presidente da Junta de Freguesia de então, Manuel Lopes, mais conhecido por “Amândio” Lopes, destruiu todo esse valioso património em granito, para canalizar a água para a bica pública da praça, soterrando o tanque de lavar e partido a “pia(?)” e canalização. As pedras do tanque de lavar só foram recuperadas no início da década de 2000, vindo nessa data a ser reconstruído e transferido para o local onde agora se encontra. Enfim! Loucura e crime de um louco que presidiu os destinos da nossa freguesia no tempo da ditadura (1964/1968) e que tinha por feito nunca querer ouvir a voz do povo, fazendo sempre prevalecer a sua posição: quero, posso e mando.

Fontes particulares: da casa particular de Laudemira da Conceição Ferreira da Cunha (Cagigal). Minas: de Victor Cardoso e Gualdino Nogueira, conhecida pela Fontela  (já todos falecidos) e todas estas situadas no Br. do Sobreiró.

A água era apanhada à mão em cântaros e remeias inicialmente fabricados em barro e mais tarde em chapa de zinco. Para os animais era em caldeiros. O material fabricado em plástico só começou a aparecer no nosso meio em inícios da década de 1970.

Em 1985 e 1986, atendendo à necessidade e sobretudo à expansão da população, a Junta de Freguesia presidida por Manuel Guedes veio a construir mais algumas bicas em tijolo, cimento e revestimento exterior a azulejo, bicas essas espalhadas pelos bairros dos Ciprestes, Pontão, Madalena e ainda uma na curva das Adufas junto ao início da rua para o Sobreiró, mas já abastecidas com a água das explorações de Pardelinha e Ribeiro do Calvo. Essas novas bicas foram sendo gradualmente desactivadas poucos anos mais tarde, quando foi concluída a rede de água potável ao domicílio.

As fontes de mergulho públicas e bicas, foram outrora, locais ideais para colocar a conversa em dia, particularmente para as mulheres, assim como também excelentes sítios  de encontros e desencontros amorosos…, ” é claro!”,  do tempo de nossos pais e avós.

 

Água ao Domicílio e Saneamento Básico:

Em anos de seca extrema e até severa como a que temos estado nestes últimos anos a atravessar, as antigas fontes de mergulho, tem sido uma mais-valia para o abastecimento de água potável da nossa comunidade. Estas fontes foram de primordial importância na nossa aldeia até ao início da década de 80, pois era nelas que toda a população se abastecia de água para o consumo no dia-a-dia. Também um excelente sitio onde alguns, particularmente as senhoras, punham a conversa em dia e a juventude se encontrava às escondidas dos pais para namorar. A água era apanhada em caldeiros, cântaros e remeias, tendo estes dois últimos sido inicialmente fabricados em barro e mais tarde em de chapa de zinco. Os de agora em plástico só começaram a aparecer no início da década de 70.

O abastecimento de água ao domicílio na nossa aldeia teve início nos primeiros anos da década de 1980 e terminado só no início de 2000. Para o efeito, a Junta de Freguesia adquiriu na década de 80 um terreno no termo de Pardelinha para captação de água por gravidade e a Autarquia construiu o depósito para armazenamento dessa mesma água junto à curva do Pinheiro-manso – estrada para Pardelinha -. Quer a exploração da água no ribeiro do Calvo e respectivo depósito de armazenamento situado no lugar do Cruzeiro, junto à capelinha do Senhor da Boa-morte, quer o da estrada para Pardelinha, foram ambos construídos pela Autarquia na mesma época, ambos na presidência da Junta de Freguesia de Manuel Guedes.

Por volta de 2000 ou logo a seguir, fez-se a exploração por furo-artesiano da água do campo da bola, para ajudar a abastecer o depósito da estrada para Pardelinha através de bombeamento eléctrico, local conhecido por curva do pinheiro manso. Um ano ou dois antes já a mesma Junta de Freguesia presidida por Jorge Castro tinha construído junto ao campo da bola um tanque para armazenar água para ajudar a apagar os eventuais incêndios de verão, canalizada do local à superfície onde se encontra agora o tal furo-artesiano.

Mais tarde, início do verão de 2014, foi construído pela Autarquia um novo depósito de armazenamento e fornecimento de água potável junto à estrada para Pardelinha, destinado a substituir o antigo mais abaixo da curva do pinheiro-manso, por este já se encontrar bastante estragado deixando já verter água e com bastante menos pressão. Essa obra foi concluída no início de Dezembro desse mesmo ano, trabalho feito na presidência da Junta de Freguesia presidida por Nuno Miguel Pereira Neves.

O saneamento básico Iniciou-se na década de 1980, prolongando-se até ao início da década de 2000. Com o progresso da construção civil, particularmente  na última década e meia, havia algumas ruas que ainda não estavam contempladas e que eram servidas por fossas sépticas particulares. A fase final está em curso (2010), com novos colectores de saneamento e a construção também de uma nova central de tratamento de esgotos/resíduos, já com as normas comunitárias do ambiente, na zona da eira da Coutada e em terreno adquirido para o efeito, cujo funcionamento teve início em Novembro de 2011.

 

Pavimentação das Ruas à “Antiga Portuguesa”:

Esta pavimentação em pedra lascada toda ela irregular transportada dos montes, teve Início na década de 1980. O Presidente da Câmara Municipal dessa altura foi o Dr. Manuel Chaves Sobrinho Morais, mais conhecido no concelho, por Dr. “Neca” Morais, médico de profissão. Posteriormente, início da década de 1990, é que a calçada dita “á portuguesa” na altura assente ao acaso começou a ser gradualmente substituída por paralelo/cubo de granito. Anteriormente à década de 80 e do início dos trabalhos de colocação da tal pedra dos montes e de saibro nas irregulares ruas e largos da aldeia, como chovia muito nesse tempo na estação de inverno, as pessoas colocavam mato e palha para se poder passar e ao mesmo tempo fazer estrume (antigo adubo) para as propriedades agrícolas.

 

Largo de São João:

Antes da década de 1980 existia nesse largo uma pequena fonte de mergulho denominada por “ Fonte da Regaça”, cuja água  se destinava aos animais, e a que sobrava, juntamente com a do regato abastecia uma pequena poça térrea de regadio e de lavar roupa, que servia várias propriedades agrícolas vizinhas. Um ano depois, 1981, Manuel Guedes que presidia à Junta de Freguesia de então, melhorou esse espaço, com obras na fonte, aterrou a referida poça e pavimentou todo o largo, tornando-o mais limpo, acessível e vistoso, chegando mesmo a fazer uma pequena festa de inauguração, onde foi “baptizado” com nome de largo de “ Largo de S. João”. A partir dessa data, passou a chamar-se então, largo de São João.

 

Largo/Eira do Bairro dos Ciprestes:

Este largo, foi até ao início deste século (XXI), uma antiga eira de malhar cereais, propriedade privada de várias pessoas, onde existia uma pequena poça de água à superfície, que normalmente secava no verão. Ainda hoje é possível ver alguns sinais marcados e/ou esculpidos nas pedras de marcações de confrontações de reduzidas áreas de matrizes prediais rústicas de pessoas que abaixo identificamos.

Dado o estado de alguma degradação do espaço, por volta do início da década de 2000, a Junta de Freguesia, presidida por Jorge Castro, aproveitando a construção da rede de saneamento para as casas contíguas, aterrou a referida poça de água, fez obras de pavimentação de todo o largo, tornando-o, a partir dessa data, propriedade pública com novo artigo matricial em nome da Junta de Freguesia.

Identificação das árias prediais “privadas” rústicas do espaço da eira nesse tempo “ Eira com uma Figueira”:

Matriz nr. 2754 – Alcina da Conceição Mata, 50 m2; 2755 – António dos Reis Moreiras, 50 m2; 2756 – Artur Augusto Pereira, 99 m2; 2757 – Maria Joaquina Vicente, 99 m2; 2758 – Manuel Mairos, 50 m2; 2759- José Joaquim Fontoura, 50 m2; 2760 – Irene Vaz, 90 m2; 2761 – Artur Augusto Pereira, 90 m2; 2762- Nada consta; 2763 – António Luís Pereira, 98 m2; 2764 – António Goneta, 98 m2 e2765 – Maria Joaquina Vicente, 96 m2.  

 

Largo do Pontão:

Este espaço, foi até ao início da década de 2000, um largo com áreas mais reduzidas, e a rua que dá ligação ao largo de cima, também bastante mais apertada.

A Junta de Freguesia, na pessoa do Presidente Jorge Augusto de Castro, conseguiu sensibilizar a filha da terra, Dª. Helena Lobo Fernandes, a oferecer parte de um terreno contíguo, vindo a torná-lo bastante mais espaçoso, assim como o início da referida rua que segue.

Aproveitando este tema, lembro também o seguinte: Antes da década de 80, no mesmo bairro, o cruzamento/curva que liga a rua das escolas/rua da fonte com o largo atrás referido, era conhecido por todos, por “Largo do Eiró”, mas hoje só os mais velhos se recordam desse nome. Pelo nome de “Eiró”, dá a entender, que nesse local (cruzamento/curva) se chegou outrora a malhar algum cereal e outros produtos da lavoura,  certamente na época dos malhos e de outros auxiliares artesanais. Era também nesse pequeno largo que os ferradores costumavam ferrar os pequenos animais de trabalho. Bem perto, nas traseiras, espaço agora de Toninho Feijão e esposa Laurinda Picamilho, havia também um “tronco” que servia para ferrar e apalpar (olhar como se dizia) os animais de maior porte, particularmente os bois.

 

Adufas e Curva das Adufas.

Já várias pessoas se questionaram quanto à existência do nome “Adufas e Curva das Adufas”, ou seja: Porque chamam a esse lugar emblemático da nossa aldeia esse nome? Perguntei aos nossos mais velhos, mas ninguém me conseguiu explicar o motivo. Só sabem dizer que sempre ouviram falar nesse nome e que era antigamente um pequeno local com uma curva muito apertada onde com muita dificuldade passava uma camionete, local esse onde sempre foi habitual as pessoas do povo reunirem-se para conversar um pouco, para além da praça.

Foi então ao dicionário saber se existia o nome “Adufa” e qual o significado dessa palavra e verifiquei que, para além de outras, este termo pode definir: canal para escoamento de água ou escoadouro nas ruas para águas da chuva.

E é mesmo isso que efectivamente identifica o nome desse local. O nome “Adufas e Curva das Adufas” deve remontar aos anos de 1932/1944, data da construção da estrada e da adufa ou aqueduto que existe para escoar as águas da chuva a montante, se bem que já não está actualmente construída(o) da mesma forma. As duas entradas que se uniam subterraneamente no centro da estrada a uma única saída da água junto ao muro divisório do falecido senhor João Pedrinho e casa de Fernando Barreira ainda se conserva no mesmo local. Em 1976, data do alargamento da estrada e dessa curva, esse escoamento inicialmente construído todo ele em granito, foi demolido e construído o que hoje existe em maninhas de areia, ferro e cimento.

Também o outro aqueduto ou adufa com uma sarjeta ou sumidouro que existia um pouco mais abaixo, mais propriamente desde o cimo do adro da traseira da Capela/fim da parede do senhor João Pedrinho ao fim da praça e com saída junto ao muro do adro da igreja, destinado a escoar as águas que vinham de montante, foi demolido nessa mesma altura (1976).

Contou-me António do Patrocínio Teixeira que já conta 87 anos de idade, mas ainda portador de excelente memória, que antes da construção ou rompimento inicial da estrada, existia nesse local (início da curva das Adufas) um pequeno caminho até à praça bastante apertado, irregular e até acidentado, onde só cabia um carro de bois, local onde alguns lavradores costumavam fazer no inverno estrume de mato e palha para adubar as suas propriedades agrícolas.

 

Pavimentação das Ruas  em Paralelo de Granito e Saneamento Básico:

A pavimentação das ruas e largos teve início na década de 1990, e a conclusão deu-se já em 2009. Quanto ao saneamento básico, as obras iniciaram-se em meados da década de 1980, e a conclusão, foi no princípio da década de 2000, já na Junta presidida por Jorge Castro. Porém, a conclusão da pavimentação em betuminoso da  rua  bairro do Sobreiró de Cima que dá acesso à estrada, só foi concluída bastante mais tarde, Setembro de 2011.

 

Estradão do Monte do Ermitão ou Monte - Cerdeira:

O rompimento deste estradão deu-se no início da década de 1980. Os trabalhos foram efectuados com a ajuda de um caterpillar e outras máquinas, vindos da Engenharia Militar do Exército de Espinho. Anteriormente as propriedades agrícolas do Semuro, Ermitão, Rachão, Avessada, Penada, Monte Cerdeira, Sendim, Castelo ou Vale das Lousas, eram servidas por caminhos muito sinuosos e ruins, todos eles muito trilhados pelas rodas de ferro dos carros de bois e de outros animais de trabalho.

Os dois principais: o que passava junto às Poças da Avessada (estrada de Pardelinha), e o que se iniciava no lugar da “Cruz ou Cruzeiro” junto à Capela de Senhor da Boa Morte, cruzamento com a estrada de Fornos do Pinhal, passava junto à Fraga da “Lósmia”/ Castelo, e que, um pouco mais à frente, ligava à aldeia de Monte de Arcas, que ainda hoje se continua a manter.

Ainda é possível ver nestes velhos caminhos, as marcas trilhadas e esculpidas lentamente nas rochas, que as rodas (rodeiros) dos carros dos animais de trabalho fizeram, ao longo das centenas de anos, nomeadamente dos inúmeros carros de bois, carregados com molhos de centeio para serem malhados nas eiras da aldeia.

 

Tanques de Lavar Roupa:

Até finais da década de 1970, ou início de 1980, só existia na nossa aldeia, um tanque público de lavar a roupa propriamente dito, situado no Bairro dos Ciprestes, junto à fonte do Vilar.

A maioria das pessoas lavavam a roupa, ou em “poças térreas” públicas, com água fornecida pelas fontes de mergulho, que também servia para regar as propriedades agrícolas, como a dos olharigos, no bairro do Sobreiró, ou em poças existentes no leito do ribeiro que atravessa a aldeia ,que raramente secava, particularmente dos bairros do pontão, Santa Maria Madalena e Freixa.

Em finais da década de 1970, nem mesmo o tanque do Vilar estava a funcionar como lavadouro, chegando mesmo parte da sua estrutura a ser destruída e soterrada, quando da canalização da água para as bicas do Vilar e da Praça, por volta de 1966, no tempo da presidência da Junta de Freguesia de Manuel Lopes, de alcunha na freguesia por “Amândio Lopes e Estoura”.

Amândio Lopes tinha regressado pouco tempo antes da ex -Colónia Ultramarina de Angola já na situação de reforma dos Serviços Florestais, pessoa de elevada estatura física, altivo para com os seus munícipes e alinhado e defensor acérrimo do regime ditador de então, que não deixou amigos a não ser alguns (poucos) familiares, muito menos recordações de nostalgia na nossa freguesia, atendendo sobretudo ao seu temperamento e forma como lidava com o povo, por vezes prepotente, arrogante e até agressiva com muitos deles, sobretudo os mais pobres e desprotegidos que eram grande a maioria, que marcava as pessoas que o contestava para futuras represálias.

Ainda se ouvem hoje em dia vários episódios pouco felizes passados no tempo desse senhor, que representou o nosso povo no tempo da ditadura desde 1964 a 1968, indigitado e eleito por alguém, menos pelo povo. Quase todos os mais velhos da nossa comunidade têm uma história ou peripécia desse senhor para contar.

Por volta de 1980, volvidos seis anos do início da democracia e do voto popular e da entrada já de algum dinheiro público nos cofres da Junta, começou então a surgirem algumas obras já anteriormente reivindicadas pelo povo para uma melhor qualidade de vida das pessoas, como, por exemplo, a construção dos tanques de lavar mais necessários e urgentes dos bairros do Pontão, Ciprestes, e Freixa, onde o ferro, cimento e areia já começava em força a fazer parte das edificações. Benefícios públicos da junta de Freguesia presidida por Osvaldo Ribeiro.

Mais tarde, início da década de 2000, a Junta de Freguesia, presidida por Jorge Castro, construiu o tanque do Br. do Sobriró, e em meados desta década (2000), demoliu o tanque fabricado em tijolo ou bloco e cimento do Br. dos Ciprestes (junto à bica) e construiu um novo, no mesmo local, com toda a estrutura de pedra do antigo tanque que estava soterrada, se bem que alguma ainda lá ficou, como a da canalização da água da fonte para o lavadouro, e uma grande e bonita pia onde os animais de trabalho bebiam.

Nesse mesmo tanque, por volta de (+-) 1964, morreu afogada uma criança com dois anos de idade, de nome José Américo Moreiras, filho do falecido Amadeu Moreiras e de Florinda dos Anjos, irmão de: Ricardo, Marina, Filomena e Zé Moreiras, do mesmo bairro.

Na rua dos Olharigos, mesmo junto à parede frontal casa dos herdeiros de Manuel do nascimento Barreira, existiu até por volta da década de 80, uma pequena poça térrea de lavar a roupa, cuja água para alimentar essa poça vinha do interior da quinta, passado pelo páteo da habitação através de pequenas caleiras construídas em pedra e ainda outra no tempo mais fresco que vinha pelo caminho a baixo das propriedades a montante e/ou poente.

 

Alargamento do Largo do Sobreiró:

2008/2009, na presidência da Junta de Freguesia de Jorge Augusto de Castro. Um barracão (armazém) muito antigo, imóvel que serviu antigamente de palheiro da falecida Srª. Laudemira Ferreira “Cagigal”, vendido á Junta de Freguesia por sua neta Aglai Cagigal das Neves, foi demolido para dar lugar à ampliação deste espaço. Também o chão, construído pela natureza por “rochas/fragas”, muito desnivelado, que suportava o imóvel demolido, foi nivelado, calcetado e arranjado, dando um aspecto urbanístico totalmente diferente ao espaço, contribuindo também desta forma para uma melhor qualidade de vida dos habitantes.

 

Armazém da Junta de Freguesia:

O armazém da Junta de Freguesia, localizado no bairro da Maçaira ou Maceira junto ao campo de futebol, foi construído por volta de 2005 ou 2006 pela Junta de Freguesia de então presidida por Jorge Augusto de Castro, destinado a recolher bens pertencentes á junta. A dimensão do espaço coberto é que poderia ter sido um pouco maior e hoje esse erro é reconhecido.

 

Santa Valha,01-03-2011

(Última actualização em 01 de Março de 2015)